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Forças Armadas não vão obedecer a “ordens absurdas”, diz Bolsonaro

Presidente defendeu indicação de militares no governo e afirmou que Ministério da Defesa foi criado por “imposição política”

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Jair Bolsonaro em cerimônia do Exército
1 de 1 Jair Bolsonaro em cerimônia do Exército - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (27/9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que as Forças Armadas não vão cumprir “ordens absurdas” de seu  governo, ou de qualquer outro, e defendeu que Exército, Marinha e Aeronáutica devem ser tratados com respeito.

“As Forças Armadas estão aqui, e elas estão sob meu comando, sim. Se eu der ordem absurdas, elas vão cumprir? Não, nem a mim nem a governo nenhum. E as Forças Armadas têm que ser tratadas com respeito”, defendeu.

O mandatário também afirmou que o grande número de militares presentes no governo – que supera, inclusive, o quantitativo registrado durante o regime militar (1964-1985) – existe porque seu ciclo de amizades é composto por pessoas originadas das três Forças.

“Alguns criticam que eu botei militar demais, mais até, proporcionalmente, do que os governos de Castello Branco a Figueiredo. Sim, é verdade, é meu ciclo de amizades, assim como de outros presidentes foram de outras pessoas. Era o ciclo de amizades deles. Comparem hoje todos os nossos ministros, incluindo os civis, com os que nos antecederam. É simples: queremos a volta disso?”, questionou Bolsonaro.

Em seguida, o presidente criticou as gestões passadas e afirmou que pastas como a dos Transportes, hoje Infraestrutura, eram foco de corrupção e escândalos semanais.

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Bolsonaro e Mourão com as Forças Armadas

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O chefe do Executivo federal indicou generais para postos-chave de seus ministérios, como Augusto Heleno, no Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O mandatário também havia nomeado militares para ocuparem cargos políticos, responsáveis pela articulação com o Congresso Nacional, mas pressões políticas o levaram a remanejá-los e colocar parlamentares nessas funções.

Hoje, a Casa Civil é comandada pelo senador licenciado Ciro Nogueira (PP-PI), e a Secretaria de Governo está nas mãos da deputada federal Flávia Arruda (PL-DF). Amigo pessoal de Bolsonaro, o general Luiz Eduardo Ramos, que já havia chefiado ambas as pastas, foi remanejado para a Secretaria-Geral da Presidência, uma espécie de prefeitura do Planalto.

O presidente disse ainda que criação do Ministério da Defesa, em 1999, ocorreu por imposição política. A pasta foi criada por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC). A declaração já foi feita em outros momentos para se defender do voto contrário à criação do órgão, quando o atual mandatário da República ainda era deputado federal.

“Quando criaram a Defesa, em 99, não foi por uma necessidade militar, foi por uma imposição política para tirar os militares desse prédio [Palácio do Planalto]”, considerou.

Evento no Planalto

Bolsonaro participou nesta segunda, no Palácio do Planalto, da cerimônia de lançamento do Crédito Caixa Tem, no Palácio do Planalto, ocasião em que o banco público lançou uma modalidade de empréstimo digital, de até R$ 1 mil, por meio de aplicativo. O evento é um dos que marca os mil dias da atual gestão, completados no domingo (26/9).

Diagnosticado com Covid-19, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, participou do evento por meio de videoconferência. Guimarães integrou a comitiva presidencial que foi à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York (EUA). Ele foi o quarto integrante da comitiva a testar positivo. O resultado do exame do presidente Bolsonaro foi negativo.

No evento, o titular do Palácio do Planalto assinou ainda o decreto que revoga mais de 892 atos normativos, completando, com isso, a revogação de 5 mil decretos desde 2019.

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