Fora de lista da Fundação Palmares, Marina Silva reage: “Visão autoritária”
Presidente da instituição, Sergio Camargo alega que ex-ministra não tem contribuição relevante para a população negra do Brasil
atualizado
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Excluída da lista de personalidades negras da Fundação Palmares, por decisão do presidente da instituição, Sergio Camargo, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) foi às redes sociais, nesta terça-feira (13/10), para se posicionar sobre o fato.
Segundo ela, “a história não é feita por aqueles que têm uma visão autoritária e que eventualmente estão no poder, mas por aqueles que persistem na democracia e nos valores da civilização”.
Agradecendo pelas “inúmeras mensagens de solidariedade e apoio”, Marina tuitou:
Temos que encarar isso com a altivez de quem sabe que a história não é feita por aqueles que têm uma visão autoritária e que eventualmente estão no poder, mas por aqueles que persistem na democracia e nos valores da civilização.
— Marina Silva (@MarinaSilva) October 14, 2020
Mais cedo, Sergio Camargo anunciou, também pelas redes sociais, que Marina não integraria mais a lista de personalidades negras da Fundação Palmares. Ele alegou que a ex-ministra não tem contribuição relevante para a população negra do Brasil.
Pretos por conveniência
“Disputar eleições não é mérito. O ambientalismo dela vem sendo questionado e não é o foco das ações da instituição”, ressaltou.
Camargo disse ainda que “Marina Silva autodeclara-se negra por conveniência política” e citou outros políticos que, segundo ele, faz o mesmo.
“Jean Willys, Talíria Petrone, David Miranda (branco) e Preta Gil também são pretos por conveniência. Posar de ‘vítima’ e de ‘oprimido’ rende dividendos eleitorais e, em alguns casos, financeiros”, destacou.
A ex-ministra não é a primeira a ter seu nome retirado da lista por determinação de Camargo. Ele já havia retirado o nome da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ).