“Folclórico” e “Hello Kitty do Paraná”: o bate-boca de Moro e Janones

O senador Sergio Moro (Podemos-PR) e o deputado federal André Janones (Avante-MG) trocaram acusações no Twitter na noite dessa sexta-feira (9/6), após o advogado Rodrigo Tacla Duran compartilhar um vídeo que mostra Moro sendo recebido com protestos em um aeroporto.

O ex-juiz da Lava Jato questionou a credibilidade da palavra de pessoas que, segundo ele, são “patifes”. E acrescentou que o áudio “real” do vídeo em questão revela que ele foi, na verdade, ovacionado. Janones, por sua vez, retrucou: “Essa não colou, marreco. Próxima…”.

Na sequência da discussão entre os parlamentares, o senador do Paraná chamou Janones de “folclórico” e o acusou de propagar fake news. Em referência indireta ao presidente Lula (PT), Moro ainda escreveu: “Continuo a circular muito bem nos dias atuais em locais públicos, inclusive em Confins. Quem é vaiado por aí é o seu dono”.

Em resposta, Janones lembrou que, ao sair do governo Jair Bolsonaro (PL) em 2020, Moro acusou o então presidente de interferência na Polícia Federal (PF) para, em 2022, o acompanhar na campanha à reeleição.

Por fim, Janones escreveu: “Todo mundo faz o quer com a Helow (sic) Kitty do Paraná”, acompanhado de emoticons de risadas.

Veja:

Vossa excelência não é aquele saiu do governo Bolsonaro fazendo sérias acusações que ele interferia na PF e depois o apoiou na eleição, foi “assistente de palco” no debate? Não foi V.Ex. que usou dinheiro de um partido pra viajar e se filiar a outro partido, deixando um monte de…

— André Janones (@AndreJanonesAdv) June 9, 2023

Putzzz! Nunca meti um ratio tão rápido! Todo mundo faz o quer com a Helow Kitty do Paraná 🤣🤣 pic.twitter.com/lYqUCcNSfE

— André Janones (@AndreJanonesAdv) June 9, 2023

O autor da publicação que motivou a discussão entre os parlamentares, Tacla Duran, foi um dos alvos da Operação Lava Jato. Ele é apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo “departamento de propina” da Odebrecht.

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Janones ficou conhecido nas eleições de 2022 por renunciar a sua candidatura à Presidência da República para apoiar a volta de Lula ao Palácio do Planalto. Ele foi um dos principais comunicadores do então candidato nas redes sociais, lançando mão de polêmicas e de embates com adversários políticos.

O protagonismo do parlamentar, no entanto, não avançou muito desde a vitória de Lula contra Bolsonaro no segundo turno. Além de não ter assumido nenhum cargo na comunicação do governo — que ficaram com Paulo Pimenta (ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República) e Juscelino Filho (ministro das Comunicações) — , o mineiro também não se tornou líder ou ministro de qualquer outra pasta.

Recentemente, Janones tem entrado em discussões com adversários de Lula e do PT pelas redes sociais.