Flexibilização de acesso a armas desagrada 68% da população, diz CNT
Presidente publicou quatro decretos no início deste mês para facilitar o acesso a armas de fogo. “O povo tá vibrando”, alegou, na ocasião
atualizado
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Sete em cada 10 brasileiros disseram se posicionar contra as recentes alterações promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para flexibilizar o uso e a compra de armas de fogo e de munições no país.
No último dia 12, o Palácio do Planalto anunciou a publicação de quatro decretos que facilitam o acesso a armas de fogo. A proposta, segundo o governo, é “desburocratizar procedimentos” e reduzir “discricionariedade de autoridades”.
As novas normas aumentam de quatro para seis o número de armas de fogo que um cidadão comum pode comprar e ampliam o acesso de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) a armas e munições sem a necessidade de autorização do Exército.
De acordo com levantamento publicado nesta segunda-feira (22/2) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o instituto de pesquisas MDA, 68,2% dos entrevistados avaliam ser contrários às medidas anunciadas.
Por outro lado, 28,8% dos brasileiros mostraram-se favoráveis às alterações realizadas na legislação, além de 3% que disseram não saber opinar sobre o assunto ou optaram por não responder. Leia aqui a íntegra da pesquisa divulgada.
O levantamento perguntou também sobre a classificação dos entrevistados. Neste quesito, 74,2% disseram que não tem posse de arma de fogo e, apesar da flexibilização promovida pelo presidente, não tem interesse em passar a ter.
Em contrapartida, 19,7% disseram que atualmente não tem posse, mas tem interesse em passar a ter; 1,6%, que tem pedido de posse de arma de fogo em andamento ou análise; e 3,7%, que já tem posse de arma de fogo já aprovada.
Após publicar os decretos, Bolsonaro alegou apoio popular sobre as medidas. Ao ser questionado por jornalistas sobre a flexibilização do acesso a armas, o presidente disse, no dia 14, em São Francisco do Sul (SC), que “o povo está vibrando”.