Flávio Rocha deixa aberta possibilidade de se candidatar à Presidência
“Candidatura majoritária é um chamamento, uma aclamação”, diz o empresário dono da Riachuelo
atualizado
Compartilhar notícia
O empresário Flávio Rocha, cotado para disputar a corrida pelo Palácio do Planalto, negou nesta quinta-feira (1º/3), que seja candidato, mas evitou fechar a porta à possibilidade.
Ao participar de evento do Money Report na capital paulista, Rocha, que é dono da Riachuelo, classificou a candidatura a um cargo majoritário como um “chamamento” e, diante do que chamou de “vazio inexplicável” na política, não descartou se tornar um presidenciável se houver alguma sinalização de que a missão é esta e se entender que tem uma “ínfima probabilidade” de vitória na disputa pela sucessão presidencial de outubro.
“Lógico que uma candidatura majoritária, ainda mais para presidente, é um chamamento, uma aclamação”, declarou o empresário num momento em que foi aplaudido pela plateia presente ao evento, composta, em sua maioria, por representantes de setores empresariais.Rocha, em tom de brincadeira, disse que falta apenas um ingrediente para lançar candidatura: 60 milhões de votos. Apesar de deixar aberta a possibilidade, comentou que, dentro do Brasil 200 – grupo de empresários criado para discutir políticas públicas – pode fazer muito mais pelo País do que numa “candidatura heroica”.
Após defender um projeto que combine o liberalismo na economia ao conservadorismo nos costumes, como a proteção de valores cristãos, Rocha citou o ministro Henrique Meirelles, o governador Geraldo Alckmin e o empresário João Amoedo, pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Novo, entre os nomes que poderão ser apoiados por seu grupo na falta de uma candidatura própria. A condição, adiantou, é que eles aceitem desafiar o politicamente correto. “Temos conversado e encontrado grande abertura. Vamos deixar a coisa acontecer”, comentou.
Rocha disse ainda ver hoje uma consciência na sociedade brasileira de que o inimigo não são os patrões, mas sim o que chamou de “aristocracia tóxica” que se apropriou do Estado, numa referência aos que se beneficiam de privilégios estatais, como, conforme lembrou, a concessão de auxílio-moradia a servidores que já residem no local onde trabalham.