Flávio Dino rebate Bolsonaro: “Não tenho tempo para molecagens”
Mais cedo, o presidente provocou o governador, o chamando de “gordinho ditador do Maranhão”
atualizado
Compartilhar notícia
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), rebateu as ofensas gordofóbicas proferidas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante uma cerimônia de entrega de 17 mil títulos de propriedade rural no município Açailândia (MA).
“Bolsonaro anda preocupado com o meu peso, algo bem estranho e dispensável. Tenho ótima saúde física e mental. E estou ocupado com vacinas, pessoas doentes, medidas sociais, coisas sérias. Trabalho muito. Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público”, disse.
Veja o post:
Bolsonaro anda preocupado com o meu peso, algo bem estranho e dispensável. Tenho ótima saúde física e mental. E estou ocupado com vacinas, pessoas doentes, medidas sociais, coisas sérias. Trabalho muito. Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) May 21, 2021
No início da solenidade, o chefe do Executivo nacional disparou contra Dino: “Lá na Coreia do Sul [sic] tem uma ditadura. O ditador não é um gordinho? Na Venezuela, também uma ditadura, não é um gordinho lá o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui do Maranhão?”.
Bolsonaro está no Maranhão deste quinta-feira (19/5), acompanhado de ministros e parlamentares da região.
O governador disse ainda, em uma publicação anterior, que “mentira se combate com verdade”, momento após o fim da cerimônia.
Confira:
Na próxima quarta-feira, vamos entregar mais 1.070 títulos de propriedade no nosso estado. Mentira se combate com verdade. Bravata se combate com ações concretas.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) May 21, 2021
Ovacionado por apoiadores que entoavam “Fora Dino”, o presidente, não satisfeito, jogou indiretas relacionadas ao partido de Dino, PCdoB, dizendo que o comunismo não deu certo em lugar nenhum e não será no Brasil que vai dar:
“O comunismo não deu certo em lugar nenhum no mundo. Não vai ser no Brasil que ele vai dar certo. Quando se fala em Partido Comunista, vocês têm que ter aversão a isso. E mostrar aonde esse regime foi implementado, o que sobrou para o povo? Sobrou a igualdade. Mas a igualdade na miséria, na desesperança, na fome, na tristeza, na destruição de famílias, na destruição das religiões, tudo que não presta simboliza com a palavra que começa com C e termina com A, comunista”, disse.
Bolsonaro tem trocado farpas com Dino desde 2019. Em transmissão ao vivo na noite de quinta, ele insultou o governador, chamando-o de “comunista gordo”.