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Flávio Dino aciona STF para que governadores possam comprar vacina mesmo sem aval da Anvisa

O governador do Maranhão disse, em entrevista ao Metrópoles, que a ação judicial deve-se ao senso de urgência diante da pandemia de Covid-19

atualizado

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Rachel Sheherazade entrevista Flávio Dino
1 de 1 Rachel Sheherazade entrevista Flávio Dino - Foto: Reprodução

Em entrevista ao Metrópoles, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), informou que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que os estados possam comprar vacinas contra a Covid-19 diretamente dos fabricantes. A ação judicial solicita, ainda, que as aquisições não dependam da validação dos imunizantes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Estamos entrando com uma ação judicial para que o Supremo autorize, independentemente da Anvisa, que o estado possa comprar diretamente, desde que haja validação de uma das quatro principais agências de vigilância sanitária do mundo. Ou seja, das agências dos Estados Unidos, da União Europeia, da China e do Japão”, afirmou à jornalista Rachel Sheherazade (confira a partir do minuto 21’27’’).

De acordo com Flávio Dino, o objetivo da medida é permitir que “os estados possam entrar em cena”. “Não no sentido de sabotar o governo federal, mas de ter uma ação complementar à do governo federal, exatamente porque a situação é dramática. Nós estamos falando de 180 mil vidas, no mínimo, que foram perdidas. Estamos no limiar da chamada segunda onda. Então, é preciso ter senso de urgência e, por isso, essa providência junto ao Supremo”, disse (22’22’’).

Cotado como candidato à Presidência da República nas eleições de 2022, o governador afirmou que não descarta uma futura disputa direta nas urnas contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – a quem fez duras críticas. Contudo, declarou não ser “obcecado” pelo posto: “Sei que uma candidatura em nível nacional depende de um projeto coletivo forte” (9).

Dino defendeu a construção de uma “frente ampla” que reúna siglas de esquerda, incluindo o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) (12’30’’). O governador também comentou as recentes trocas de farpas com Ciro Gomes (PDT) (4’50’’).

Sobre as eleições municipais de 2020, o mandatário maranhense reconheceu que os resultados das urnas foram “desfavoráveis” para seu partido, o PCdoB, e para a esquerda, em geral. “Isso sugere que precisamos fazer uma reflexão geral, de correção de rumos. Sobretudo, no sentido da união, da unidade”, ressaltou (2’04’’).

A seguir, assista ao Metrópoles Entrevista. A seção reunirá jornalistas renomados a fim de dialogar com personagens relevantes nos contextos político, econômico e social do Brasil.

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