Flávio Bolsonaro e Queiroz voltaram a se falar em dezembro, diz jornal
Os dois são suspeitos protagonistas no caso das rachadinhas, que consiste na devolução pelos servidores do gabinete do parlamentar
atualizado
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-assessor Fabrício Queiroz voltaram a se falar em dezembro de 2021, após três anos de silêncio, segundo o Uol. Os dois são suspeitos no caso das rachadinhas, que consiste na devolução de parte dos salários pelos servidores do gabinete do parlamentar, quando era deputado estadual.
De acordo com o Uol, interlocutores próximos a Fabrício e Flávio confirmaram que os dois se falaram por meio de um telefonema, após três anos de rompimento, quando foram denunciados ao Ministério Público do Rio de Janeiro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Questionado sobre a aproximação, Flávio Bolsonaro brincou dizendo que só não conversava “com o PT, PCdoB e PSol”, mas não negou que a ligação tenha de fato ocorrido.
Já Fabrício Queiroz disse que, “em respeito ao MPRJ”, havia cessado contatos com o senador e com todos os integrantes da família Bolsonaro, “apesar de não ter nenhum impedimento em falar com eles”.
Na última semana de janeiro, um ex-assessor e amigo do presidente Jair Bolsonaro (PL) que se intitula de “Zero Zero” falou em entrevista à Revista Veja sobre o suposto envolvimento da família Bolsonaro com a prática da rachadinha.
O ex-assessor apontou ter existido a prática de rachadinha, suposto crime de peculato, nos gabinetes de Jair Bolsonaro e dos filhos Flávio e Carlos Bolsonaro. O esquema, segundo ele, era comandado por Ana Cristina Valle, ex-mulher do atual presidente da República.
Em setembro do ano passado, a coluna do jornalista Guilherme Amado entrevistou um ex-empregado da família Bolsonaro que fez o mesmo relato. Segundo esse ex-empregado, que trabalhou por 14 anos para a família, Bolsonaro tirou de Ana Cristina o comando da rachadinha ao se descobrir traído.