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Flávio Bolsonaro diz que Renan Calheiros “parece ter medo” da polícia

Senador do Rio respondeu às críticas do relator da CPI da Covid, que afirmou: “Miliciano considera vagabundo toda a pessoa que o enfrenta”

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Senador Flávio Bolsonaro
1 de 1 Senador Flávio Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) reagiu, nesta segunda-feira (17/5), às críticas feitas pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que chamou o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “miliciano”.

Os dois senadores têm trocado farpas desde a última quarta-feira (12/5), quando o filho do presidente da República chamou Calheiros de vagabundo: “Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros”.

A fala foi proferida durante depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten na CPI, quando o relator e outros senadores defenderam a prisão do depoente por falso testemunho.

Em entrevista ao jornal GloboNews, na noite de domingo (16/5), Renan disse que “miliciano” considera vagabundo toda a pessoa que o enfrenta.

Na tréplica, Flávio negou vínculo com a milícia e acusou Renan de ter medo da categoria policial.

“Sobre essa acusação criminosa, absurda e mentirosa de tentar nos vincular a todo momento à milícia: não temos nada a ver com milícia, sempre defendemos policiais. Polícia, aliás, é uma categoria da qual o senhor Renan Calheiros parece ter muito medo, porque ele faz de tudo para evitar que sejam convidadas a colaborar com os trabalhos da CPI diversas autoridades policiais que têm dezenas de informações para fornecer aos senadores”, afirmou Flávio em vídeo divulgado pelas redes sociais.

Veja o post de Flávio:

Blindagem

Flávio também fez críticas à atuação de Renan na CPI. De acordo com o político fluminense, Calheiros estaria pensando nas eleições de 2022 e tentando blindar o filho, o governador de Alagoas Renan Filho (MDB), nas investigações.

Ainda segundo o filho do presidente da República, Calheiros tem sido altamente tóxico à CPI no início dos trabalhos do colegiado, “inquirindo as testemunhas com muita agressividade, com desrespeito, uma pessoa que claramente já se posicionou no sentido de que tudo que possa ter acontecido de errado no combate à Covid é culpa exclusiva do governo federal”.

“Ele já está pensando muito mais em 2022 do que, realmente, em salvar vidas aqui no Brasil. E ele tem feito todo o esforço, como pai de um governador, do Alagoas, para blindar que se investigue o que foi feito com os bilhões de reais que foram repassados do governo federal para governadores e prefeitos”, prosseguiu.

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

No total, o Brasil perdeu 435.751 vidas para a Covid-19 e computou 15.627.475 casos de contaminação.

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