Flávio Bolsonaro diz que MP do Rio cometeu “erros bizarros” em denúncia
Ao se defender, senador apontou quebra ilegal de sigilos ocorrida sem nenhum fundamento, além de uso do Coaf como órgão investigador
atualizado
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Após ter sido denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cometeu uma “série de erros bizarros” na acusação, às vésperas das eleições municipais.
Os “erros” foram apontados pelo parlamentar nas redes sociais. “A quebra ilegal de sigilos e sem nenhum fundamento [pessoa que trabalhou 3 meses teve sigilo quebrado por 12 anos], ‘fishing expedition’, uso do Coaf como órgão investigador, informalidade nas trocas de informações entre órgãos públicos, cálculo errado de evolução patrimonial, acusações mentirosas contra pessoas que trabalhavam, suspeita de uso de ‘senhas invisíveis’ por criminosos dentro da Receita Federal para distorcer informações fiscais”, disse.
Além das acusações, Flávio Bolsonaro chamou o juízo de incompetente por promover “essas atrocidades e mais algumas”.
O senador também afirmou acreditar que a acusação sequer será aceita pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A assessoria de Flávio informou que a denúncia já era esperada, mas que não se sustenta por vícios processuais e erros de narrativa e matemáticos. Alega ainda que a tese acusatória contra o senador se mostra inviável porque é desprovida de qualquer indício de prova.
Denúncia
A denúncia se dá no âmbito do Caso Queiroz, como ficou conhecido o esquema das rachadinhas supostamente praticado pelo filho do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.
Além de Flávio, foi denunciado o ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema, e outros 15 ex-assessores. O MP fala ainda em apropriação indébita.
Caso a Justiça aceite a acusação, o filho de Bolsonaro e os ex-assessores virarão réus.
A Promotoria ajuizou a denúncia no dia 19 de outubro, mas, como o desembargador relator estava de férias, a peça só chegou a ele nessa terça-feira (3/11).