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Flávio Bolsonaro diz que governo não fez “pouco caso” de desaparecidos

O senador saiu em defesa do pai durante sessão no Senado e disse que opositores ao governo estão “politizando” o caso

atualizado

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Senador Flavio Bolsonaro CPI COVID SENADO FEDERAL ex ministro pazuello_
1 de 1 Senador Flavio Bolsonaro CPI COVID SENADO FEDERAL ex ministro pazuello_ - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) rebateu, nesta segunda-feira (13/6), as críticas que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sofrido em razão da demora para mobilizar autoridades nas buscas pelo jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecidos no Vale do Javari, no Amazonas.

Na avaliação do filho mais velho do chefe do Executivo, opositores ao governo estão “politizando um drama”. “É óbvio que o governo não está fazendo pouco caso. Não apenas alguns senadores, como parte da imprensa também, estão querendo vincular um fato angustiante como esse a alguma relação com o presidente, que colocou todos os instrumentos, recursos humanos à disposição para que possamos fazer essa grande operação”, enfatizou.

Flávio afirmou que o “governo federal lançou mão de todos os recursos que estavam à sua disposição”. “São mais de 200 militares; são policiais federais, agentes da Funai (Fundação Nacional do Índio), em sintonia com as forças policiais do estado do Amazonas, que estão fazendo essa grande operação de busca. Uma angústia enquanto não se tem uma confirmação, seja para que lado for”, defendeu.

Pacheco cobra reação

O senador fez a defesa do pai após o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter externado preocupação com a falta de informações sobre o paradeiro da dupla. Em resposta, Pacheco cobrou uma “reação” das comissões da Casa para discutir e debater alternativas à violência na região.

Na ocasião, Pacheco defendeu que é preciso combater o “Estado paralelo” que se impôs na região, que se tornou um dos locais mais perigosos da Amazônia, em razão do crescimento de operações ilegais como desmatamento clandestino e até a criação de rotas para o narcotráfico.

“Há todo o contexto de um Estado paralelo que se impõe num lugar, e que, infelizmente, o Estado brasileiro não consegue preencher suficientemente. É motivo de alerta e de reação do Senado Federal. Nós precisamos reagir, a Comissão de Constituição e Justiça, a Comissão de Meio Ambiente, de Comissão de Direitos Humanos devem se organizar para se fazerem presentes neste caso, e diagnosticarem esses problemas na região”, disse o presidente.

O congressista classificou o caso como “atrocidade” e uma “ofensa”. “Não queremos precipitar o que de fato aconteceu com eles, mas, caso se confirme o fato de terem sido eventualmente assassinados, caso isso se confirme é uma situação das mais graves do Brasil… Para além de um sentimento humano, há uma ofensa ao Estado brasileiro; uma ofensa às instituições, e nós do Senado Federal não podemos tolerar essa atrocidade”.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso
A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros

Divulgação/Funai
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

Redes sociais/reprodução
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O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso

Erlon Rodrigues/PC-AM
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A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru

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Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína

Adam Mol/Funai/Reprodução
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução

Desaparecimento

Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira se deslocavam com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar entrevistas com os habitantes daquela região.

De acordo com relatos, o desaparecimento ocorreu no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. A dupla foi vista pela última vez no domingo, dia 5 de junho.

Nesta segunda, a família de Dom Phillips chegou a receber informações de que os corpos do jornalista britânico e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira teriam sido encontrados. A PF e os indígenas da região, contudo, negaram.

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