Flávio Bolsonaro diz que CPI da Covid promove “negacionismo do óbvio”
O filho 01 do presidente Jair Bolsonaro usou o episódio da “gripezinha” propagada pelo pai para exemplificar o terma usado
atualizado
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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho 01 do presidente Jair Bolsonaro, disse, nesta terça-feira (18/5), que os senadores da CPI da Covid praticam o “negacionismo do óbvio”, sugerindo que tentam imputar narrativas falsas ao governo Bolsonaro, citando o exemplo da “gripezinha”.
“O que eu percebo aqui é o negacionismo do óbvio. Os fatos estão colocados, o óbvio está posto, e hoje, felizmente, nós temos internet, temos meios de comunicação alternativos que inviabilizam que o monopólio das narrativas e da informação fique apenas com os grandes veículos. A gente pode, dando um Google, buscar dados e informações que desmentem aquelas narrativas que tentam imputar ao governo, em especial ao presidente Bolsonaro”, disse.
“Por exemplo, ele [Jair Bolsonaro] sempre disse que no caso dele, especificamente, caso pegasse Covid-19, as consequências seriam similares à de uma gripezinha. No caso dele, especificamente, seria uma gripezinha.”, acrescentou.
O filho 01 de Bolsonaro se somou ao pai e aos irmãos, Eduardo e Carlos Bolsonaro, na referência ao “vírus chinês”.
“Demoniza-se quem fala que é vírus chinês, mas são as mesmas pessoas que não se incomodam em dizer que, quando houve uma cepa imputada ao Brasil, sem nenhuma também garantia de que essa cepa se iniciou aqui no Brasil, não têm nenhum pudor em dizer que é cepa brasileira. Então, não é ofensa”, afirmou.
“Lá na frente, eu acho que as investigações em todo o mundo vão levar a saber qual a origem do vírus, se foi na China ou se não foi”, agregou.
O ex-chanceler Ernesto Araújo foi o sétimo depoente do colegiado. Antes dele, os senadores ouviram o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, além dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.
A comissão ouvirá, nesta quarta-feira (19/5), o ex-ministro Eduardo Pazuello, que teve a oitiva adiada no último dia 5, após ele ter alegado ter tido contato com dois servidores infectados pela Covid-19.
A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.