Flávio Bolsonaro demora 1h30 para perceber que expôs dados pessoais
Senador publicou ficha de filiação com informações pessoais, como CPF, número de celular e endereço residencial
atualizado
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O senador Flávio Bolsonaro (RJ), recém-filiado ao Patriota, excluiu das redes sociais uma foto em que aparece segurando sua ficha de filiação na sigla. O anúncio da entrada no partido foi feito no início de tarde desta segunda-feira (31/5), mas o documento mostra que o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia trocado de legenda na última quarta (26/5);
A foto foi excluída por conter dados pessoais do parlamentar, incluindo CPF, endereço residencial e telefone celular. Temendo mau uso das informações, o senador decidiu pela remoção da publicação, após 1h30 do material no ar.
Flávio era filiado ao Republicanos, mas rachou com o partido. Ele chegou a pedir que a sigla saísse do Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil, o qual integra em conjunto com o MDB e o Progressistas (PP).
O racha foi motivado pelo fato de o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), não ter consultado os demais partidos do bloco para saber quais nomes deveria indicar para integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
Convite ao presidente
Durante o anúncio de filiação de Flávio, o presidente do Patriota, Adilson Barroso, afirmou que irá enviar um convite oficial ao presidente da República para também entrar na legenda. “A minha vinda para este partido é para somar”, disse o filho mais velho do presidente, afirmando ter intenção de construir o maior partido do Brasil após as eleições de 2022.
O Patriota é um partido de direita fundado em 2011 e registrado definitivamente em 2012. Seu nome anterior era Partido Ecológico Nacional (PEN). A mudança no nome ocorreu em 2018, na tentativa de atrair Bolsonaro, mas a filiação do então candidato acabou não ocorrendo. Quando foi eleito presidente da República, Bolsonaro estava no PSL.
A possível filiação de Bolsonaro neste momento também envolve divergências internas. O presidente, Adilson Barroso, e o vice, Ovasco Resende, discordam sobre a entrega do controle do partido a Bolsonaro.
“Mas graças a Deus ele vem hoje para o partido por causa da amizade e sem pedir uma bala. Aqui no Patriota ele confia em mim e não quer nada de nós”, afirmou o presidente da sigla.