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Flávio Bolsonaro admite que Queiroz pagava contas pessoais dele

Pela primeira vez, o senador afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que dava dinheiro para o ex-assessor ir ao banco

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Flávio Bolsonaro
1 de 1 Flávio Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) admitiu, pela primeira vez, que o ex-assessor Fabrício Queiroz, do antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), pagava as contas pessoais para ele. O parlamentar deu uma entrevista exclusiva ao jornal O Globo, publicada nesta quarta-feira (5/8).

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investiga o ex-assessor por um suposto esquema de rachadinha — quando os servidores devolvem parte do salário recebido — no gabinete de Flávio na Alerj. Flávio nega, no entanto, que a origem do dinheiro seja ilícita.

Queiroz foi alvo de uma operação do MPRJ com a Polícia Civil no dia 18 de junho e está em prisão domiciliar por suspeita de participação no esquema. O policial militar aposentado estava em Atibaia (SP), em um imóvel de Frederick Wassef, então advogado da família Bolsonaro.

“Pode ser que, por ventura eu tenha mandado, sim, o Queiroz pagar uma conta minha. Eu pego dinheiro meu, dou para ele, ele vai ao banco e paga para mim”, disse o senador ao jornal O Globo.

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Wilson Witzel e Flávio Bolsonaro
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Flávio Bolsonaro nega acusações

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Para ele, vincular essa situação a um esquema de rachadinha “é como criminalizar qualquer secretário que vá pagar a conta de um patrão no banco”. “Não posso mandar ninguém pagar uma conta para mim no banco?”, questionou.

Flávio afirmou que o ex-assessor já esclareceu o fato de ter recebido depósitos na conta bancária. “Queiroz afirma que pegava o dinheiro para fazer a subcontratação de outras pessoas para trabalharem em redutos onde ele tinha força. Sempre fui bem votado nesses locais”, explicou.

Apesar de negar qualquer irregularidade, Flávio lamentou o fato de ter sido “um pouco relaxado de não olhar isso mais de perto”.

“Mas é obvio que, se soubesse que ele fazia isso, jamais concordaria. Até porque não precisava, meu gabinete sempre foi muito enxuto, e na Assembleia existia a possibilidade de desmembrar cargos. Outra coisa importante: mais de 80% dos recursos que passaram pelo Queiroz são de familiares dele. Então, qual o crime que tem de o cara ter um acordo com a mulher, com a filha, para administrar o dinheiro?”, questionou.

 

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