Flávia Arruda nega crise entre Bolsonaro e STF e diz ser “pacificadora”
Ministra da Secretaria de Governo disse que tem “muita gente” querendo e trabalhando para pacificar relação entre os Poderes
atualizado
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A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, negou nesta terça-feira (24/8) a existência de uma crise entre o Poder Executivo, na figura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF). O mandatário tem avançado sobre integrantes da Corte e, na última sexta-feira (20/8), apresentou um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Flávia Arruda minimizou os atritos, impulsionados pelo chefe do Executivo, e se colocou no papel de “pacificadora” da relação.
“Eu diria que não existe crise entre o Executivo, o presidente da República e o Supremo, talvez um ponto divergente aí que acabou dando uma tensionada um pouco maior”, disse ela em participação virtual de um evento da XP Investimentos. “Sempre que puder, eu vou fazer papel de mediadora, de pacificadora, mas respeitando independência entre poderes.”
“Asseguro a vocês que tem muita gente tentando, querendo e trabalhando para resolver e pacificar. Eu posso garantir a vocês que eu sou uma dessas pessoas”, declarou Flávia.
Indicação ao STF
A ministra ainda defendeu que a indicação do presidente da República para o STF seja pautada o quanto antes pelo Senado Federal. Em aceno à base evangélica, Bolsonaro indicou o advogado André Mendonça para a vaga, mas senadores têm segurado a sabatina, passo necessário para apreciação do nome.
“É importante a gente dizer que tem necessidade de pautar e aí o Parlamento, nesse caso o Senado, é quem diz como será, em que momento será, mas a gente faz aqui uma ponderação para dizer que é fundamental também que isso seja pautado”, defendeu Flávia Arruda.
A avaliação nos bastidores é de que a entrega do pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, no fim da semana passada, queimou pontes e dificultou a aprovação do indicado ao STF. Mendonça tenta viabilizar seu nome junto a senadores, mas com pouco sucesso.