“Fique em casa” é “conversinha mole para os fracos”, diz Bolsonaro
Afirmação foi feita a ruralistas, em Mato Grosso. Presidente critica as medidas de isolamento social desde que começaram a ser aplicadas
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as medidas de isolamento impostas no início da pandemia, quando algumas regiões do país registraram confinamento superior a 70%. Durante a cerimônia de entrega de títulos de propriedades rurais em Sorriso (MT), nesta sexta-feira (18/9), o chefe do Executivo disse que medidas de isolamento social abrangente eram “para os fracos”.
“Vocês não entraram naquela conversinha mole do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’. Isso é para os fracos. O vírus, eu sempre disse, era uma realidade e tínhamos que enfrentá-la. Nada de se acovardar daquilo que nós não podemos fugir. Este estado agiu dessa maneira. O agronegócio evitou que esse país entrasse num colapso”, disse diante de uma plateia de fazendeiros e pecuaristas.
O presidente já criticou abertamente, e por várias vezes, as medidas de isolamento social. Ele chegou a dizer que “perdoava” as pessoas que defenderam o “fique em casa”. “Quando lá atrás me criticavam, eu falava o quê? Vírus e emprego. O pessoal falou: fique em casa, a economia vem depois. Apesar disso, eu perdoo quem falava isso daí”, disse a apoiadores durante uma conversa nos portões do Palácio da Alvorada em 9 de setembro.
Visita a Mato Grosso
O avião presidencial onde estava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a comitiva precisou arremeter ao tentar pousar no Aeroporto Municipal Presidente João Figueiredo, em Sinop, em Mato Grosso.
Durante a tentativa de pouso nesta sexta-feira (18/9), o piloto da aeronave relatou falta de visibilidade, causada pela fumaça das queimadas na região do Pantanal, e fez uma nova tentativa, desta vez, bem sucedida.
Críticas às queimadas
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alegou que incêndios em vegetação ocorrem no Brasil há anos e a pressão sobre o governo brasileiro ocorre porque países estrangeiros “têm interesse em enfraquecer o agronegócio nacional” por serem “concorrentes”.
“Nós estamos vendo alguns focos de incêndio em todo o Brasil. Isso acontece ao longo de anos, e temos sofrido uma crítica muito grande, porque, obviamente, quanto mais nos atacarem, melhor interessa para os nossos concorrentes para aquilo que nós temos de melhor, que é o nosso agronegócio. Países outros que nos criticam não têm problemas de queimadas, porque já queimaram tudo em seu país”, criticou.