FHC nega articulação com Temer e Lula contra Lava Jato
Além de Fernando Henrique, Lula e Temer foram citados nas delações da Odebrecht que originaram pedidos de inquérito enviados ao STF
atualizado
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB/SP) negou, neste domingo (16/4), por meio das redes sociais, que tenha participado de qualquer articulação com o presidente Michel Temer (PMDB/SP) e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT/SP) em torno de um acordo com o objetivo de garantir a sobrevivência política de seus partidos.
Além de FHC, Lula e Temer, políticos das três legendas foram citados nas delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht que originaram pedidos de inquérito enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente tucano defendeu, no texto, um diálogo entre políticos e a sociedade diante do “desmoronamento” da ordem político-partidária e das “distorções” do sistema eleitoral. “O diálogo em torno do interesse nacional é o oposto de conchavos. Deve ser feito às claras, com o propósito de refundar as bases morais da política.”
Declarações
No texto, FHC também voltou a se defender das declarações do patriarca do grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, que disse ter pago “vantagens indevidas não contabilizadas” às campanhas presidenciais de FHC, em 1993 e 1997.
O tucano afirmou que não há menção a irregularidades na delação. “Basta ouvir a íntegra das declarações de Emílio Odebrecht em seu depoimento ao Judiciário para comprovar que nelas não há referência a qualquer ilicitude por mim praticada nas campanhas presidenciais de 1994 e 1998 (anos das campanhas eleitorais)”, afirmou.
Para FHC, o país vive uma “crise gravíssima com desdobramentos econômicos e sociais imprevisíveis”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.