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FHC e líderes do PSDB minimizam caso Geddel e focam em crise econômica

O líder do PMDB na Câmara afirma que a grande preocupação do governo é que a queda do ministro paralise votações importantes no Congresso

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
FHC
1 de 1 FHC - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Integrantes da cúpula do PSDB minimizaram nesta sexta-feira (25/11), a atual crise política que atingiu o Palácio do Planalto e culminou na queda do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieria Lima.

Ao chegarem ao evento realizado pelo partido na Câmara dos Deputados, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ressaltaram que a saída de Geddel é uma prerrogativa do presidente Michel Temer e que o momento é de se focar na atual crise econômica e não “nas pequenas coisas”.

Os ministros caem e outros vem. O importante é não perder o rumo. Diante da circunstância brasileira, depois do impeachment precisamos atravessar o rio. Isso é uma ponte, pode ser uma frágil, uma pinguela, mas é o que tem. Se você não tiver a ponte, você cai no rio

ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

Ao falar da atual crise política, o ex-presidente focou suas críticas às gestões anteriores do PT na área econômica. “O Brasil precisa com urgência tomar medidas de reforma. A situação fiscal nossa é muito ruim. A situação econômica precisa ser reanimada. O desastre produzido pelos últimos governo do PT foi inacreditável. Precisamos ter rumo e pensar mais no pais do que nas pequenas coisas”, considerou o ex-presidente.

“É normal”
O governador Geraldo Alckmin (SP) adotou o mesmo tom utilizado pelos demais integrantes da cúpula do PSDB. “Essa é uma decisão do presidente da República. Ministro é cargo de confiança do presidentes e a substituição de cargo de confiança é normal. Mas isso é um tema federal”, respondeu.

Questionado se o PSDB manterá o mesmo apoio ao governo Temer, Alckmin ressaltou: “O governo conta com apoio em todas as medidas de interesse do povo brasileiro. Agora é avançar nas reformas. Agenda brasileira está repleta de urgências”.

Presente no evento, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, evitou a imprensa e não quis opinar sobre a saída de Geddel Vieira Lima. “Não vou dar declarações”, afirmou o ministro para depois ficar em silêncio a cada questão colocada pelos jornalistas.

Temor
O líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), afirmou nesta sexta-feira, que a grande preocupação do governo é que a saída do ex-ministro Geddel Vieira Lima paralise votações importantes no Congresso.

“Temos que evitar que esse episódio possa trazer maiores repercussões para o governo. Precisamos continuar o trabalho de votação das reformas e colocar o País nos trilhos”, disse o deputado.

Baleia afirmou ainda que o presidente Michel Temer teve uma atitude “altamente institucional” quando conversou com o então ministro da Cultura Marcelo Calero sobre a obra que interessava Geddel.

Esgotamento
Para o líder peemedebista, a decisão de Geddel de pedir demissão da Secretaria de Governo “esgota esse assunto”. Ele disse também não acreditar na existência de motivos para que um processo de impeachment seja deflagrado no Congresso.

Geddel deixou o cargo após vir à tona que Calero prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso, implicando Temer na história. Segundo o ex-ministro da Cultura, o presidente o teria “enquadrado” para que resolvesse o problema do ministro baiano.

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