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FHC critica Bolsonaro por divulgar ato: “Crise institucional”

Conforme divulgado pelo Metrópoles, o presidente compartilhou no WhatsApp vídeo que convoca para as manifestações do próximo dia 15

atualizado

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TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL
Evento internacional discute política sobre drogas
1 de 1 Evento internacional discute política sobre drogas - Foto: TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criticou o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (sem partido), por compartilhar no WhatsApp manifestação contra o Congresso, marcada para o próximo dia 15 de março.

FHC foi às redes sociais nessa terça-feira (25/02/2020) pedir uma posição do povo contra a fala de Bolsonaro. Segundo o ex-presidente, “estamos em uma crise institucional de consequências gravíssimas”.

“A ser verdade, como parece, que o próprio presidente tuitou convocando uma manifestação contra o Congresso (a democracia), estamos com uma crise institucional de consequências gravíssimas. Calar seria concordar. Melhor gritar enquanto se tem voz, mesmo no Carnaval, com poucos ouvindo”, escreveu.

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) se juntou ao cacique do PSDB e disse ser necessário “repudiar com veemência qualquer ato que desrespeite as instituições e os pilares democráticos do país”.

“Lamentável o apoio do Presidente Jair Bolsonaro a uma manifestação contra o Congresso Nacional”, completou o governador, também em rede social.

Entenda
O presidente Jair Bolsonaro tem compartilhado, desde antes do Carnaval — como revelou o Metrópoles —, vídeo que convoca a população para um protesto contra o Congresso Nacional.

O movimento foi incentivado após reclamação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, sobre uma suposta “chantagem” do Congresso em relação ao governo.

O evento, marcado para o próximo dia 15, recebeu adesão de parlamentares bolsonaristas, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

“Cunho pessoal”
Bolsonaro foi às redes sociais na manhã desta quarta-feira (26/02/2020) para explicar o compartilhamento do vídeo. Segundo ele, foi destinado a amigos e as mensagens eram de “cunho pessoal“.

O presidente tentou minimizar a atitude diante das várias críticas ao comparar o alcance de uma mensagem no WhatsApp e no Twitter, por exemplo.

“Tenho 35 milhões de seguidores em minhas mídias sociais, com notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No WhatsApp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”, contemporizou.

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