Fernando Pimentel e Marcelo Odebrecht são indiciados na Acrônimo
Pimental tem foro privilegiado, e por isso, o ministro Herman Benjamin, Superior Tribunal de Justiça (STJ), precisou autorizar o indiciamento
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (15/9) o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e o empresário Marcelo Odebrecht na Operação Acrônimo, que investiga a liberação de financiamentos Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a Odebrecht. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo investigações da PF, Pimentel recebeu propina e ajudou na liberação de financiamentos do BNDES para obras da Odebrecht fora do país. Na época dos supostos fatos ele era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Dilma Rousseff.Pimental tem foro privilegiado e, por isso, o ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), precisou autorizar o indiciamento. Segundo a reportagem, o inquérito será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nova fase
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (15/9) mais uma fase da operação Acrônimo. O objetivo desta etapa, segundo a PF, é recolher elementos que possam ajudar a esclarecer a atuação de uma organização criminosa especializada na obtenção de benefícios junto ao Governo Federal por meio de pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
São cumpridos 20 mandados judiciais determinados pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal, sendo 11 conduções coercitivas e nove mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal.
A operação está focada em dois inquéritos policiais que apuram dois eventos distintos da investigação. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para fraudar licitações no Ministério da Saúde, beneficiando gráfica da propriedade de um dos investigados.
BNDES
O outro evento apurado é a interposição de empresa na negociação e pagamento de vantagens indevidas a agente público, para obtenção de financiamentos de projetos no exterior pelo BNDES (República Dominicana, Angola, Cuba, Panamá, Gana e México) no interesse de uma grande empreiteira do Brasil.
As ações desta quinta são um desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de Justiça. O magistrado relator do caso, ministro Herman Benjamin, determinou o encaminhamento de parte da apuração à Justiça Federal de primeira instância, por não envolver investigados com prerrogativa de foro naquela Corte.
Mandados
São Paulo – 1 condução coercitiva
Rio de Janeiro – 5 conduções coercitivas e 4 buscas
Minas Gerais – 1 condução coercitiva e 2 buscas
Distrito Federal – 4 conduções coercitivas e 3 buscas