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Fernández responde Bolsonaro sobre ação do Exército na pandemia

Nas redes sociais, o chefe do Executivo brasileiro afirmou que o Exército argentino está nas ruas para “manter o povo em casa”

atualizado

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Reprodução/Casa Rosada
Alberto Fernández
1 de 1 Alberto Fernández - Foto: Reprodução/Casa Rosada

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, rebateu um post do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alusivo às medidas adotadas no país vizinho para conter a disseminação da Covid-19.

Na mensagem, publicada na manhã desta quinta-feira (15/4), Bolsonaro citava o toque de recolher entre 20h e 8h e dizia que o Exército argentino está nas ruas para “manter o povo em casa”. O mandatário brasileiro é crítico de medidas de restrição e já afirmou que no Brasil não haverá um lockdown nacional.

Em entrevista à Rádio 10, Fernández contestou o uso do termo “toque de recolher” e disse que Bolsonaro precisaria entender um pouco sobre a Constituição argentina. A expressão, porém, foi usado por agências internacionais de notícias para tratar das restrições de circulação.

Ainda segundo o presidente argentino, as Forças Armadas desempenham um papel de apoio na pandemia.

“Na Argentina, não há toque de recolher e as Forças Armadas não fazem segurança interna”, disse. “Pedi que me ajudassem a montar postos de saúde para que possamos aumentar os exames e atender quem precisa”, completou.

No Brasil, Bolsonaro tem dito reiteradas vezes que o Exército não irá às ruas para controlar a circulação de pessoas. Estados e municípios têm adotado medidas restritivas em razão do agravamento da pandemia em todo território nacional.

O post de Bolsonaro marca posição contra o governo de esquerda de Fernández, cuja vice é a ex-presidente Cristina Kirchner. A relação começou tensa já na eleição de Fernández, mas os dois líderes vêm buscando uma aproximação recente. Eles ainda não se encontraram pessoalmente, mas já estiveram presentes em eventos virtuais, como a Cúpula do Mercosul, em março.

Medidas na Argentina

Além de ter ampliado o toque de recolher, Fernández suspendeu uma série de atividades, incluindo as aulas presenciais, até 30 de abril, com o objetivo de evitar a saturação de hospitais.

O anúncio foi seguido de um forte panelaço em Buenos Aires, que avançou pela madrugada desta quinta-feira, em frente à residência presidencial.

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