Fávaro: “Invadir terra é tão improdutivo e criminoso quanto atos do 8/1”
Ministro Carlos Fávaro reiterou sua posição contrária ao MST e afirmou que reforma agrária só pelo “rigor da lei”, e não por invasões
atualizado
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Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, reiterou, nesta terça-feira (2/5), que o direito à terra é um “sonho legítimo para homens e mulheres”, mas que uma reforma agrária precisa ser feita no rigor da lei e não por meio de “invasões criminosas”. A declaração ocorre após uma reunião com ruralistas na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.
“Minha posição é muito clara: é um direito, o sonho que homens e mulheres tenham um pedaço de terra para produzir alimentos, é legítimo. Um plano nacional de reforma agrária é legítimo, dentro dos rigores da lei”, disse. “Tudo que transpassa os rigores da lei não terá o meu apoio. Invasões de terra são tão improdutivas e criminosas quanto as invasões do dia 8 de janeiro”, completou.
O afirmação do ministro ocorre em meio à onda de invasões feitas pelo Movimento Sem Terra (MST) no chamado “Abril vermelho”. Os atos do grupo causaram desconforto entre Fávaro, o agronegócio e parte do governo Lula.
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O presidente da FPA, o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), endossou as críticas ao MST. “Acham0s um absurdo, somos extremamente contrários, da mesma maneira que a ida do MST à China [com a comitiva de Lula] é outro absurdo. Assim como as invasões que eles fazem é outro absurdo e teremos aí uma CPI [comissão parlamentar de inquérito] para investigar tudo isso”, ressaltou.
Apesar da posição, Lupion afirmou que a reunião da FPA com o ministro não citou a CPI em si, apenas as invasões a propriedades rurais privadas.
Após a reunião com ruralistas, Fávaro foi para o Palácio do Planalto para se reunir com Lula. O teor da reunião, até o momento, não foi divulgado.