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Fãs do PSol de fora de São Paulo se engajam na campanha de Guilherme Boulos

Eleição paulistana entusiasma eleitores de cidades onde a esquerda aparece com poucas chances

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Boulos 7
1 de 1 Boulos 7 - Foto: Michael Melo / Metrópoles

São Paulo – Título eleitoral registrado na cidade de São Paulo é um detalhe para simpatizantes de Guilherme Boulos espalhados pelo Brasil. Nas redes sociais, cidadãos que votam em Minas Gerais, Rio de Janeiro e em outras cidades do interior paulista querem se organizar para fazer campanha para a chapa do PSol para a Prefeitura de São Paulo.

Em 2018, com Guilherme Boulos encabeçando a chapa principal, o PSol teve o pior desempenho em eleições presidenciais de sua história. A empreitada, no entanto, lhe rendeu visibilidade.

Foi num evento em 2019 em Aracaju, capital de Sergipe, que Meirivone Ferreira de Aragão, advogada trabalhista de 46 anos, conheceu o agora candidato psolista a prefeito de São Paulo. Aracajuense e admiradora do PT, mas sem ser filiada a nenhum partido, ela fez questão de doar R$ 500 para a campanha de Guilherme Boulos, ignorando o candidato petista Jilmar Tatto. “O Boulos representa tudo o que tem de melhor na nova geração da esquerda, com uma trajetória coerente e admirável”, diz.

Para além disso, Meirivone também afirma que a eleição para a Prefeitura de São Paulo é importante para o resto do país, porque projeta nomes que poderão vir a ser candidatos à Presidência em 2022. “Ele e Lula representam a principal força ideológica contra o governo Bolsonaro. Gostaria que houvesse essa união em 2022, por isso apoio o Boulos na prefeitura, para fortalecê-lo adiante.”

Em Aracaju, a advogada declara voto no candidato petista, Márcio Macêdo, que está em 4º lugar nas pesquisas. O atual prefeito, Edvaldo Nogueira (PDT), apoiado por PSC e MDB, lidera com 32% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope de 7 e 9 de outubro.

Segundo o Google Trends, o nome de Guilherme Boulos também gera interesse em João Pessoa (PB), Rio de Janeiro (RJ), Teresina (PI) e Campo Grande (MS). Em todas estas cidades, os candidatos de esquerda patinam nas intenções de voto; o PSol conquista entre menos de 1% e 3% das intenções de voto. Guilherme Boulos, ao contrário, segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (08/10), está em terceiro lugar em São Paulo, com 12% das intenções de votos dos paulistanos.

Não é a primeira vez que uma campanha do PSol recebe a forcinha de outras comarcas eleitorais. Em 2016, quando Marcelo Freixo seguiu para o segundo turno, disputando a Prefeitura do Rio de Janeiro com Marcelo Crivella (Republicanos), simpatizantes de fora do Rio de Janeiro espalharam pelas redes sociais que também “fechavam com o Freixo”.

Um pequeno ônibus até mobilizou alguns paulistanos engajados para a capital fluminense, mas sem sucesso. Crivella foi eleito.

Com 16 anos de idade, o PSol conseguiu emplacar até hoje apenas um prefeito em capital. Clécio Luis se elegeu em Macapá (AP) em 2012. Em 2016, ganhou a reeleição filiado ao Rede Sustentabilidade.

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