Facada em Bolsonaro: Allan dos Santos questiona se “alguém do STF” ajudou
Em vídeo no YouTube, o blogueiro avalia que “envolvimento de peixe grande” pode explicar “mistérios” do caso, já arquivado pela Justiça
atualizado
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O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, fundador do blog Terça Livre, questionou, nesta segunda-feira (22/06), se alguém do Supremo Tribunal Federal (STF) ou “ligado a partidos políticos” estaria por trás do episódio da facada no então candidato a presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nas eleições de 2018. Ele discutia o episódio no “Boletim da Manhã” do site que comanda (assista abaixo).
Segundo ele, um “pessoal de Juiz de Fora”, cidade mineira onde Bolsonaro foi atacado por Adélio Bispo durante a campanha, teria dito que “um homem tentou entrar no hospital onde estava Bolsonaro internado, armado”, possivelmente para assassiná-lo, e pergunta “porque há tanto mistério envolto no caso?”.
“(O homem) foi preso pela Polícia Militar, preciso averiguar isso daí, foi o pessoal de Juiz de Fora que comentou isso comigo, não queremos ficar aqui divulgando boatos, mas se isso ocorreu, o que que falta? Por que tanto mistério envolto nesse caso do Adélio Bispo? Será que tem tanto peixe grande assim lá no meio? Será que esse peixe grande seria alguém do STF? Alguém ligado a partidos políticos? Nós não sabemos. Estamos às cegas”, dispara ele.
Esta não é a primeira vez que Allan dos Santos se envolve em polêmicas relacionadas ao STF. Ele, que é investigado em dois inquéritos que tramitam na Suprema Corte, foi alvo, na semana passada, de mandado de busca e apreensão no processo que apura a organização e financiamento de atos antidemocráticos. Na ocasião, disparou contra o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “verme imoral” e “lixo”.
Antes, no fim de maio, em outra ocasião em que foi alvo de buscas, desta vez no inquérito das fake news, disse que o ministro estava “atacando a Constituição Federal” e que, junto a Luís Roberto Barroso e Celso de Mello, formava “a ditadura dos três patetas”.
Caso Adélio
Apesar dos constantes questionamentos bolsonaristas, as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) até agora concluíram que Adélio Bispo agiu sozinho e que não há indícios de que tenha havido participação de terceiros no episódio.
Na semana passada, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), determinou o arquivamento de inquérito que concluiu que Adélio foi o responsável “tanto pelo planejamento da ação criminosa quanto por sua execução.”.
