Exército vai avaliar participação de Pazuello em ato no Rio
Na manhã deste domingo, Pazuello e Bolsonaro estiveram em um passeio motociclístico. Estatuto dos Militares proíbe manifestação política
atualizado
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O Comando do Exército deve analisar na segunda-feira (24/5) a participação do ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello em manifestação política no Rio de Janeiro neste domingo (23/5). Ele estava acompanhado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Pazuello é general de divisão da ativa e é proibido pelo Estatuto dos Militares e pelo Regulamento Disciplinar do Exército de participar de manifestações de cunho político-partidário.
Na manhã deste domingo, Pazuello e Bolsonaro estiveram em um passeio motociclístico no Rio de Janeiro sem máscara. O ato gerou aglomeração.
De acordo com regulamento, a participação é considerada uma transgressão disciplinar. “Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”, destaca a regra.
Até o início da tarde o Exército não havia informado se Pazuello pediu autorização para participar do evento e, tampouco, se o general recebeu a chancela.
Na quarta-feira (19/5), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara que militares da ativa não podem participar de manifestações.
“Os da ativa não podem e serão devidamente punidos se aparecerem em manifestações políticas”, destacou.
O PSDB reagiu à participação de Pazuello no ato. O partido publicou uma nota contrária ao comportamento do general.
“Um general de Divisão do Exército Brasileiro participando de um evento de natureza política não condiz e não respeita a instituição da qual faz parte. Como Instituições do Estado Brasileiro nossas Forças atingiram grau de maturidade institucional e o respeito de toda sociedade”, destaca o texto.