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Exclusivo: festa ostentação de advogado alvo da Lava Jato reúne cúpula do poder em Brasília

Willer Tomaz celebrou aniversário ao som de Bruno, da dupla com Marrone, com a presença de autoridades dos três Poderes

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Festa ostentação de advogado reúne cúpula do poder em Brasília com show de Bruno, da dupla Bruno e Marrone
1 de 1 Festa ostentação de advogado reúne cúpula do poder em Brasília com show de Bruno, da dupla Bruno e Marrone - Foto: Foto: Metrópoles

Uma festa no Lago Sul, em Brasília, reuniu, com show de Bruno, da dupla Bruno e Marrone, na noite dessa terça-feira (31/8), autoridades e ex-autoridades do Executivo e do Legislativo federal.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), compareceram ao evento. O senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), o filho “01” do presidente, também marcou presença e curtiu o sertanejo romântico ao lado da esposa, a dentista Fernanda Bolsonaro.

O nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques constava na lista da segurança como tendo entrado na festa, mas a assessoria de Marques e o aniversariante negam que ele tenha ido à comemoração.*

A festa foi oferecida pelo advogado Willer Tomaz, que celebrava seu aniversário ao lado de autoridades na capital federal.

Willer foi alvo da operação Patmos, da Polícia Federal  da Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2017, e chegou a ser preso, acusado de intermediar propinas a um procurador da República que estaria “infiltrado” no Ministério Público Federal (MPF) para repassar informações aos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. Isso teria gerado prejuízo ao andamento das investigações das operações Lava Jato e Greenfield, disse o MPF ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A Patmos é um desdobramento da operação Lava Jato. Em junho deste ano, no entanto, a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) decidiu rejeitar a denúncia contra Willer e os outros investigados.

Apesar do desgaste, ele segue transitando com desenvoltura entre poderosos. É conhecido pelas festas-ostentação que promove.

Recentemente, o advogado foi citado em entrevista do senador Renan Calheiros ao Metrópoles. O relator da CPI da Covid-19 afirmou estar apurando o possível envolvimento de Willer Thomaz, Flávio Bolsonaro e do advogado Frederick Wassef no esquema de compra ilegal da vacina Covaxin.

A reportagem do Metrópoles entrou na festa e acompanhou o show ao longo de 30 minutos. O evento reuniu cerca de 50 pessoas. Todas, com exceção dos garçons, estavam sem máscara.

Ao menos parte dos convidados foram servidos com vinhos caríssimos, como o Petrus, que, a depender da safra, chega a custar até R$ 45 mil a garrafa. A informação foi confirmada por uma fonte ao Metrópoles. Willer nega e relata ter pago um bufê de R$ 10 mil. Também havia champanhe e comida japonesa. O cantor Bruno estava em um palco montado de frente para a piscina da casa. O músico tomava uísque.

Não era permitido tirar fotos, nem gravar vídeos, segundo uma das seguranças, mas a ordem não foi cumprida pelos convidados.

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A reportagem do Metrópoles foi retirada da festa a pedido do próprio aniversariante. Ele chamou um segurança, informou haver um “penetra” no local e pediu para “sabatiná-lo”.

Também estavam no evento a ministra da Secretaria de Governo (Segov), Flávia Arruda (PL-DF), acompanhada de seu marido, o ex-governador José Roberto Arruda, condenado no esquema de corrupção revelado pela operação Caixa de Pandora. O ex-vice-governador Paulo Octávio, que também é réu em ações da Caixa de Pandora, era um dos convidados presentes.

Além deles, o deputado federal e ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) e os senadores Davi Alcolumbre (DEM-AP) – ex-presidente do Senado –, Irajá Abreu (PSD-TO), Kátia Abreu (PP-TO) e Weverton (PDT-MA) celebraram o aniversário do advogado.

Ao Metrópoles, o advogado afirmou que nunca teve desgaste por ter sido preso em 2017. “A minha advocacia é grande, conhecida e reconhecida. Saí como vítima dessa operação”, disse, ao ressaltar que a Corte especial do TRF-1 rejeitou a denúncia.

* O texto foi alterado às 15h08, após contato da assessoria do ministro Kassio Nunes Marques.

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