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Ex-superintendente do Rio é confirmado como “número dois” da PF

A decisão assinada pelo ministro da Justiça, André Mendonça foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (13/05)

atualizado

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Divulgaçāo/Alepe
CARLOS HENRIQUE OLIVEIRA DE SOUSA para exercer o cargo de Superintendente Regional de Polícia Federal no Rio de Janeiro
1 de 1 CARLOS HENRIQUE OLIVEIRA DE SOUSA para exercer o cargo de Superintendente Regional de Polícia Federal no Rio de Janeiro - Foto: Divulgaçāo/Alepe

Carlos Henrique Oliveira (foto principal) foi nomeado, nesta quarta-feira (13/05), novo diretor-executivo da Polícia Federal (PF). A decisão assinada pelo ministro da Justiça, André Mendonça foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). O cargo é considerado o número dois na corporação. A vaga era ocupada pelo delegado Disney Rosseti.

Oliveira era superintendente da PF no Rio de Janeiro. Posto que deve ser ocupado pelo delegado Tácio Muzzi, que ainda não foi nomeado. O diretor-executivo na corporação é responsável por questões administrativas, como imigração, estrangeiros, registro de armas, controle de produção de substâncias químicas, portos e aeroportos.

No dia 4 deste mês, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou Rolando Alexandre de Souza para o cargo diretor-geral da PF, no lugar de Maurício Valeixo. Ele foi indicado por Alexandre Ramagem, que chegou a ser nomeado para a direção da corporação, mas foi impedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribuna Federal (STF).

Por ser amigo da família Bolsonaro, Alexandre de Moraes alegou desvio de finalidade para impedir a nomeação de Ramagem.

Acusações

As acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mencionam uma suposta interferência na superintendência da PF do Rio. Em depoimento à Polícia Federal no último dia 2, Moro disse que um vídeo feito durante a reunião comprovaria que Bolsonaro o teria pressionado por mudanças na Polícia Federal.

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O  diretor da Abin, Alexandre Ramagem, chega a sede da Policia Federal, em Brasilia  para prestar depoimento  no inquerito que  investiga o conteudo do discurso de despedida de Sergio  Moro  do governo. O ex-ministro da Justica acusou o presidente Jair  Bolsonaro  de tentar  interferir  nas atividades da  Polícia Federal ( PF ).
Sergio Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro
Delegado Rolando Alexandre toma posse como chefe da PF
Presidente assina o termo de posse do novo diretor-geral da PF
Delegado Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da PF, teve de retornar antes de "missão" nos EUA
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Ex-ministro Sergio Moro deixa a PF após ver vídeo de reunião ministerial

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O diretor da Abin, Alexandre Ramagem, chega a sede da Policia Federal, em Brasilia para prestar depoimento no inquerito que investiga o conteudo do discurso de despedida de Sergio Moro do governo. O ex-ministro da Justica acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir nas atividades da Polícia Federal ( PF ).

FOTO:DIDA SAMPAIO/ESTADAO
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Sergio Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro

Hugo Barreto/Metrópoles
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Delegado Rolando Alexandre toma posse como chefe da PF

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Presidente assina o termo de posse do novo diretor-geral da PF

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Delegado Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da PF, teve de retornar antes de "missão" nos EUA

Reprodução

O vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, na qual o presidente teria pressionado Sergio Moro a trocar o comando da PF no Rio de Janeiro foi exibido na manhã dessa terça-feira (12/05).

Fontes ligadas ao inquérito, conduzido pela Polícia Federal, relataram que o presidente Jair Bolsonaro afirmou querer trocar o superintendente da PF no Rio de Janeiro, mesmo que, para isso, tivesse que demitir o então ministro da Justiça e Segurança Pública. E complementou afirmando que familiares e amigos dele estavam sendo perseguidos e não poderiam continuar a ser “prejudicados” por investigações.

Bolsonaro reagiu imediatamente e negou as informações vazadas. Segundo ele, não há no vídeo, em momento algum, as palavras “Polícia Federal” ou “superintendência”. “Não tenho preocupação nenhuma com a PF. Não tenho família sendo investigada”, reiterou Bolsonaro.

O vídeo da reunião foi assistido por investigadores da PF e da Procuradoria-Geral da República, além do próprio Moro e os advogados. Ainda segundo participantes dessa sessão exclusiva, a fala de Bolsonaro não deixa dúvidas sobre a preocupação do presidente com um cerco da PF aos filhos. O presidente reclama de perseguição, segundo as fontes.

Sergio Moro

Na ocasião, Bolsonaro também teria feito várias críticas e reclamações direcionadas a Moro, afirmando que ele não defendia o governo nos momentos de derrotas jurídicas e pedindo mais engajamento.

O ministro Celso de Mello é o responsável pela decisão sobre a divulgação ou não de trechos, da íntegra ou ao menos de uma transcrição.

A defesa do ex-ministro Moro quer que a íntegra venha a público, já a Advocacia-Geral da União (AGU) não queria sequer entregar o vídeo, alegando questões de segurança nacional. Celso de Mello, porém, não aceitou o argumento.

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