Ex-secretário de Alckmin é cotado para Meio Ambiente de Bolsonaro
Presidente eleito disse a aliados que está inclinado a nomear Ricardo de Aquino Salles para a única pasta que permanece sem titular indicado
atualizado
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou a aliados nesta quinta-feira (6/12) estar inclinado a nomear o advogado e administrador Ricardo de Aquino Salles (foto em destaque) para o Ministério do Meio Ambiente, registrou o jornal O Globo. O anúncio oficial pode sair a qualquer momento.
Essa é a única das 22 pastas do futuro governo federal que permanece sem um titular definido. O advogado foi secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, de 2016 a 2017, e secretário particular do ex-governador e presidenciável tucano derrotado nas últimas eleições, Geraldo Alckmin. Salles hoje preside o movimento Endireita Brasil.
O presidente eleito chegou a considerar fundir a pasta ambiental com a Agricultura, que será comandada pela deputada ruralista Tereza Cristina (DEM-MS). A ideia foi bombardeada e, devido às reações, Bolsonaro acabou decidindo apenas reformular o Ministério do Meio Ambiente, especialmente para reduzir despesas e cargos.
Entre as principais alterações em estudo está a polêmica unificação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que, na avaliação da equipe de transição, têm tarefas que se sobrepõem.
A reportagem lembra que, na visão de Bolsonaro, a legislação ambiental atravanca o desenvolvimento econômico e a atividade no campo. Ele defende a flexibilização dos licenciamentos ambientais em favor da produção rural e afirma que existe um excesso de multas. Frequentemente, também condena a atuação de organizações não-governamentais do setor.