Ex-diretor do Metrô de SP e 13 executivos viram réus por corrupção
Em delação premiada, Sérgio Correa Brasil admitiu ter recebido propina de construtoras para favorecê-las em concorrências da empresa
atualizado
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Uma ação penal foi instaurada, nesta sexta-feira (09/08/2019), contra o ex-diretor do Metrô de São Paulo Sérgio Correa Brasil e outros 13 executivos investigados por crimes de corrupção supostamente ocorridos entre 2004 e 2014, período em que foram governadores José Serra, Geraldo Alckmin e Alberto Goldman, do PSDB, e Claudio Lembo (ex-DEM, hoje no PSD).
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato e com o Ministério Público Federal (MPF) no estado, houve irregularidades nas licitações para ampliação e construção de linhas. O processo foi baseado na delação premiada de Sérgio Correa, que também foi chefe de parcerias público-privadas no governo estadual.
Em depoimento, ele admitiu ter recebido propina de construtoras para favorecê-las em processos do metrô. Ele contou que Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS foram beneficiadas. Os executivos também viraram réus na mesma ação. A construtora Camargo Corrêa também foi acusada no processo e responde em inquérito separado.
Em nota, a Andrade Gutierrez disse que apoia o combate à corrupção e que irá colaborar com a investigação. As demais empresas e o Metrô de SP não se pronunciaram sobre o assunto.
Segundo acusação do Ministério Público Federal (MPF), Correa participou de 23 episódios de corrupção passiva enquanto diretor do serviço. Embora também tenha virado réu, deverá ter redução de pena, caso condenado pela colaboração com as investigações via delação premiada.