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Ex de Bolsonaro diz que “não deve satisfações” sobre compra de mansão

Candidata a distrital pelo PP, advogada não esclareceu compra de mansão avaliada em R$ 3 milhões no Lago Sul

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Ana Cristina Siqueira Valle ex-esposa do Presidente Jair Bolsonaro faz positivo com mão durante evento
1 de 1 Ana Cristina Siqueira Valle ex-esposa do Presidente Jair Bolsonaro faz positivo com mão durante evento - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ana Cristina Valle usou as redes sociais, nesta quarta-feira (14/9), para rebater as críticas que têm recebido por não esclarecer a compra de mansão avaliada em R$ 2,9 milhões localizada no Lago Sul, área nobre de Brasília. Foi a primeira vez que ela falou sobre o assunto desde que a aquisição veio a conhecimento público, com a declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em gravação, a candidata a deputada distrital pelo PP afirmou que “não deve satisfações” e alega ter “fonte de renda” compatível com o padrão de vida.

“Eu tenho 30 anos de trabalho na política, sou advogada, tenho meu meio, minha fonte de renda, que eu não devo satisfação a ninguém… Eu não tenho que dar satisfação pra ninguém do que eu faço”, disse Cristina, que tem anunciado sua candidatura como Cristina Bolsonaro.

Ainda no vídeo, ela defende que é vítima de perseguição da imprensa.

“Hoje, eu estou aqui para falar para vocês por que eu não dou entrevista porque eu não falo nada sobre a casa, sobre os bens, sobre os imóveis. É porque eu não tenho o que falar. Se eu falar pra mídia, ela vai escrever exatamente o que ela quer, não a verdade. Eles só querem nos prejudicar, me prejudicar, prejudicar o governo Bolsonaro, a família. A perseguição vem desde 2018”, prosseguiu, criticando a imprensa.

Veja:

Recentemente, a coluna Guilherme Amado noticiou que empresas ligadas à ex-mulher de Bolsonaro devem R$ 318 mil à União. Ela chamou atenção da Polícia Federal depois de comprar em 2021 uma mansão avaliada em R$ 2,9 milhões em Brasília.

No mês passado, a PF pediu à Justiça Federal a abertura de uma investigação para apurar uma movimentação financeira de Cristina na compra da casa.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou “transações atípicas” na compra do imóvel. A PF cogita que a casa tenha sido comprada por meio de outra pessoa, com um valor incompatível com a renda de assessora parlamentar, profissão de Cristina até este ano. Ela ganhou um cargo de confiança no gabinete da deputada Celina Leão, do PP do Distrito Federal.

Também em agosto, Cristina Bolsonaro mudou de versão: se antes dizia alugar o casarão, passou a declarar à Justiça Eleitoral ser dona do imóvel. Os documentos do cartório seguem mostrando que o imóvel não é da ex-mulher do presidente.

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