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Temer pede para aliados “resistência” com a Lava Jato

Sem citar diretamente a Operação, o presidente afirmou que os políticos, entre eles alguns investigados, não podem se intimidar

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Presidente Michel Temer
1 de 1 Presidente Michel Temer - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Ao agradecer o apoio que os parlamentares têm dado ao governo e apelar pela aprovação da reforma da Previdência, no café da manhã desta terça-feira (18/4), no Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer disse que “o governo só resistiu porque nós estamos trabalhando juntos, o Executivo e o Legislativo”. E desabafou: “Eu tenho resistido o quanto posso.”

Em seguida, sem se referir diretamente às investigações da Operação Lava Jato, que atingiram todos os setores, Temer emendou: “não podemos nos acoelhar”. Ele reconhece que existe uma “situação delicada”, mas ressalvou: “(Situação) delicada, deixemos para o Judiciário e, no mais, o Executivo e o Legislativo trabalham”.

Para o presidente, os deputados e senadores devem “se revezar” na tribuna que dispõem para se defenderem e defender as reformas. De acordo com o presidente, a tribuna do Congresso é “muito mais forte” do que a sua e sugeriu aos parlamentares que não deixassem de usar esta tribuna “para mostrar o que vocês estão fazendo, em nome do País” porque “sem embargo das dificuldades, nós temos de dar prova de trabalho, que virá pela aprovação dessas reformas”.

Em seu discurso aos deputados, de pouco mais de dez minutos, Temer fez questão de agradecer ainda ao apoio que têm recebido do Congresso. E insistiu pedindo a todos que resistam aos ataques que a classe política está sendo alvo e que defendam o governo e a categoria.

Depois de salientar que tem resistido quanto pode, o Temer falou sobre sua estratégia de defesa. “Ultimamente dou entrevistas, falo, etc, para dizer aquilo que o Brasil precisa. Não se pode ter a ideia de que, porque aconteceu isso ou aquilo, o Brasil pode parar”, comentou. “Porque também, se ficarmos em silêncio, é claro há um problema sério no país, vocês sabem disso, as questões mais variadas que muitas e muitas vezes visam desprestigiar a classe política e nós todos precisamos resistir”, acrescentou ele, após salientar que os que estão no Executivo e no Legislativo “serão os produtores da reconstrução do País, da reformulação do País”. E emendou: “Por isso, acho que nós, a todo momento, temos que vocalizar esta ideia.”

Temer defendeu também a necessidade de se responder as acusações, embora não se possa parar o governo a cada problema que surge. “Não se pode, a todo momento, acontece um fato qualquer, uma notícia qualquer – vamos parar o Executivo, vamos parar a atividade do Legislativo. Nós temos que nos vitalizar e dar uma resposta muito adequada para o momento que nós vivemos”, comentou.

O presidente foi aplaudido ao defender a necessidade de Executivo e Legislativo mostrarem que estão trabalhando. Temer, que tem cumprido uma agenda frenética de almoços, jantares e cafés para assegurar apoio dos parlamentares para as reformas, encerrou sua fala convidou a todos para, após conseguir aprovar a reforma da Previdência, promover novos encontros “de confraternização, não só entre nós, mas entre nós e o povo brasileiro”.

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