metropoles.com

Estudante cobra Bolsonaro sobre cortes do MEC: “Lavei a alma”

Alunos do Colégio Militar no Rio protestam, nesta segunda (6), e cobram uma revisão da medida tomada pelo governo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/ Metrópoles
23052018-RF-_-Jair-Bolsonaro-002-840×540
1 de 1 23052018-RF-_-Jair-Bolsonaro-002-840×540 - Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Ao contrário das centenas de estudantes que foram impedidos de entrar nesta segunda-feira (06/05/2019) no Colégio Militar para protestar contra o corte de verbas na educação pública, a ex-aluna e hoje estudante de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maria Eduarda Sá Ferreira, 24 anos, “lavou a alma”, segundo a própria, ao conseguir abordar o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a festa para cobrar uma revisão das medidas.

Apesar de receber apenas um leve sorriso de espanto, “ele não esperava”, diverte-se a estudante, ao se dirigir a ele e falar apenas “vergonha, ser inimigo da educação pública” (fato que foi confirmado depois pela assessoria do presidente), Sá Ferreira se deu por satisfeita e espera que o governo reveja os cortes anunciados na semana passada pelo Ministério da Educação (MEC).

O governo anunciou corte médio de 30% dos repasses das instituições de ensinos federais, inclusive do Colégio Pedro II, cujos alunos eram a grande maioria do protesto desta segunda-feira em frente ao Colégio Militar, enquanto lá dentro Bolsonaro comemorava os 130 anos da instituição.

Sá Ferreira, que se formou no Colégio Militar em 2013, afirma que o maior sonho de quem se forma na instituição centenária é chegar às universidades federais, o que poderá ficar comprometido, se Bolsonaro levar adiante o anúncio feito pelo MEC. “Eu sou contra esses cortes porque sei que a maioria dos sonhos dos estudantes daqui, que não vão seguir na carreira militar, justamente é estudar nas universidades de ponta do País, e as universidades de ponta do País são as universidades públicas”, alertou.

Para ela, estudar no Colégio Militar foi fundamental para chegar à UFRJ, e denuncia que o custo do Exército para manter os colégios voltados para a categoria são muito mais elevados do que os colégios civis, por isso são melhores. “Foi o que me fez chegar na UFRJ, aqui eu tive um bom ensino e estou me formando em Direito”, ressaltou. “Sou totalmente contra esse corte e por isso vim aqui para passar essa mensagem, para ele (Bolsonaro).”

E concluiu: “Espero que ele reveja essa posição, eu espero que repense, atacar as universidades públicas federais é atacar a produção de conhecimento, a iniciação científica, isso é muito custoso para um País que quer se desenvolver.” Segundo a assessoria de Bolsonaro, “ele foi educado e não comentou sobre a cobrança da ex-aluna”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?