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Esquerda, centro e direita: Câmara lamenta demissão de Mandetta

Deputados reagiram à saída do ex-ministro da Saúde, oficializada pelo presidente Jair Bolsonaro na tarde desta quinta

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Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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1 de 1 Câmara-dos-deputados1 - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O Congresso Nacional reagiu nesta quinta-feira (16/04) à demissão do até então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta do cargo. Parlamentares da esquerda, do centro e até da direita lamentaram a saída do médico da pasta, oficializada nesta tarde pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do ex-partido de Bolsonaro na Câmara, afirmou que Mandetta foi o “grande responsável” por reconhecer a gravidade do novo coronavírus e a “importância do isolamento social, amparando-se na ciência”. “Exerceu o papel de líder na crise. O Brasil e a saúde perdem”, escreveu.

O vice-líder do PL, deputado Marcelo Ramos (AM), reconheceu que a troca de ministros faz parte da autoridade do presidente, mas espera que “a ciência não tenha sido demitida junto com o ministro e sigamos lutando para preservar vidas”. Mais cedo, ele elogiou a atuação de Mandetta, que chamou de “raio de lucidez numa tempestade de devaneios no discurso do governo”.

Mandetta foi demitido por Bolsonaro após semanas de desgaste relacionado às medidas de enfrentamento à Covid-19. Na noite de quarta (15/04), o ex-ministro assumiu que até sexta-feira (17/04), haveria mudanças no comanda da pasta.

O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), afirmou que desde o começo da crise o presidente escolheu o caminho da negação e guiou suas decisões baseadas no “achismo”, politizando o que deveriam ser “ações técnicas com critérios científicos”.

“A demissão de Mandetta não passa de um acerto de contas por parte de um chefe que, no auge de sua mediocridade, não tolera um auxiliar se destacando mais do que ele”, disse.

A deputada Jandhira Feghali (PCdoB-RJ) disse que é “estarrecedor que o obscurantismo tenha vencido a ciência, a pesquisa, o mundo que pensa a saúde”. “A saída de Mandetta indigna a nós e o povo, que sofrerá as consequências de qualquer mudança na política de isolamento. Bolsonaro é tosco, baixo, mesquinho”, ressaltou.

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), lamentou a demissão do ex-ministro e disse que Mandetta “se tornou alvo de críticas e intrigas no governo “justamente por estar fazendo um bom trabalho, alinhado à ciência, aos organismos e às autoridades internacionais”.

“O que se espera, neste momento, é que seu substituto mantenha a linha de atuação que os países, na sua grande maioria, estão adotando. Não é possível que o mundo inteiro esteja errado. São vidas que estão em jogo e o esforço para preservá-las deve estar acima de disputas políticas e ideológicas”, reforçou Sampaio.

Já o Democratas, partido de Mandetta e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), “reconheceu o trabalho exemplar” desenvolvido pelo ex-titular da Saúde. O presidente da sigla, ACM Neto, disse que Mandetta agiu de forma responsável e transparente, além de esclarecer a população “sobre a importância de medidas preventivas”.

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