Ernesto Araújo conversa pela primeira vez com secretário de Biden
Chanceler brasileiro disse ter encontrado convergência com a pauta ambiental discutida com o secretário de Estado dos EUA
atualizado
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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, disse, nesta quinta-feira (11/2), ter encontrado convergência em pautas econômicas, ambientais e de direitos humanos com o secretário de Estados dos Estados Unidos, Antony Blinken. Essa foi a primeira vez que eles conversaram.
O chanceler brasileiro falou com o secretário do presidente norte-americano Joe Biden (Democratas) nesta quinta-feira, por meio de ligação telefônica. O democrata assumiu a presidência no último dia 20 de janeiro, em sucessão ao republicano Donald Trump, a quem Araújo se mostrava alinhado.
“Tive hoje longa e produtiva conversa com o secretário de Estado Antony Blinken. Agenda 100% positiva. Ficou claro que há excelente disposição e amplas oportunidades para continuarmos construindo uma parceria profunda entre o Brasil e os Estados Unidos”, assinalou Araújo.
“Encontramos convergência de visões sobre a centralidade da democracia e grande empenho em trabalhar juntos nas questões do comércio, do clima e promoção dos direitos humanos. EUA seguem sendo parceiro-chave na transformação do Brasil em torno da liberdade econômica e política”, prosseguiu.
A pauta ambiental, citada por Ernesto Araújo, foi tema de contraponto entre Biden e o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante a campanha do norte-americano para a presidência dos Estados Unidos.
Em setembro, Biden disse que “começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões (cerca de R$ 107,79 bilhões) para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia”.
“Pare de destruir a floresta. E se não parar, vai enfrentar consequências econômicas significativas”, prosseguiu o democrata, em debate com o então presidente dos EUA, Donald Trump, que tentava a reeleição.
Na época, Bolsonaro disse se tratar de uma ideia lamentável. “O que alguns ainda não entenderam é que o Brasil mudou. Hoje, seu presidente, diferentemente da esquerda, não mais aceita subornos, criminosas demarcações ou infundadas ameaças. Nossa soberania é inegociável”, disse o brasileiro, em rede social.
“Meu governo está realizando ações sem precedentes para proteger a Amazônia. Cooperação dos EUA é bem-vinda, inclusive para projetos de investimento sustentável que criem emprego digno para a população amazônica, tal como tenho conversado com o presidente Trump”, prosseguiu.
Encontramos convergência de visões sobre a centralidade da democracia e grande empenho em trabalhar juntos nas questões do comércio, do clima e promoção dos direitos humanos. EUA seguem sendo parceiro-chave na transformação do Brasil em torno da liberdade econômica e política.
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) February 11, 2021