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“Éramos o posto Ipiranga, agora somos uma rede de postos”, diz Haddad

Recém-empossado ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse nesta segunda que ele, Alckmin, Tebet e Dweck “vão fazer a diferença no Brasil”

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Futuro Ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, fala com jornalistas em coletiva de imprensa no CCBB - metrópoles
1 de 1 Futuro Ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, fala com jornalistas em coletiva de imprensa no CCBB - metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

O recém-empossado ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) brincou, na manhã desta segunda-feira (2/1), com a expressão “posto Ipiranga”. O termo era frequentemente usado pelo ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, em referência à “eficiência” da pasta. Guedes ganhou o apelido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Você não precisa ser dogmático em relação às medidas a tomar, mas em relação a princípios e valores, têm que ter os melhores do seu lado. Inspirados em princípios e valores é que vamos tocar a agenda econômica. Me sinto muito confortável em estar em uma equipe econômica que tem Geraldo Alckmin, Simone Tebet e Esther Dweck. Éramos o posto Ipiranga, agora somos uma rede de postos. Quatro que vão fazer a diferença no Brasil” disse o ministro durante a posse.

“É muito ruim concentrar todos os ovos numa cesta e foi o que foi feito. Queremos agir colegiadamente, ouvir a sociedade. Não estamos aqui para dar aula, mas para aprender”, completou.

Os gestores citados por Haddad, vão comandar os ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Agregado à Fazenda, também terá a Gestão.

“Estou preparado para isso. Sou economista de formação, tenho ampla experiência administrativa e a confiança daquele que é considerado o melhor presidente da nossa história. Não somos dogmáticos, nós somos pragmáticos e queremos resultados, mas seguimos princípios e valores”, completou.

Proposta de “âncora fiscal”

Ainda na posse, Haddad prometeu enviar ao Congresso Nacional, no primeiro semestre de 2023, proposta de “âncora fiscal”, ou seja, “nova regra fiscal” que organize as contas públicas.

A medida seria em substituição ao famoso teto de gastos, implementado durante o governo de Michel Temer. O teto de gastos é um mecanismo que limita o aumento das despesas públicas à inflação registrada no ano anterior.

Durante a campanha, depois de ser eleito e também já como presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não respeitaria o teto de gastos, o que sempre foi visto com receio pelo mercado.

“Assumo com todos vocês o compromisso de enviar, ainda no primeiro semestre, ao Congresso Nacional, a proposta de uma nova âncora fiscal, que organize as contas públicas, que seja confiável, e, principalmente, respeitada e cumprida”, declarou Haddad.

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