Enviado de Biden sobre cúpula nos EUA: “Brasil tem muito a contribuir”
Mais cedo, Christopher Dodd foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro para tratar da presença do brasileiro na Cúpula das Américas
atualizado
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Em comunicado enviado nesta terça-feira (24/5) pela embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Christopher Dodd, enviado especial do presidente Joe Biden, disse que o Brasil tem muito a contribuir com a Cúpula das Américas, que acontecerá entre 9 e 10 de junho em Los Angeles.
O enviado de Biden foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta terça. Representantes do governo americano compareceram ao Palácio do Planalto para entregar, oficialmente, o convite para o evento. O encontro não estava previsto na agenda oficial do chefe do Executivo federal e foi incluído apenas no meio da tarde.
“Como a garantia de que a democracia seja uma realidade para cada país, nossas metas climáticas compartilhadas são uma resposta mais colaborativa à Covid-19 e a abordagem mais profunda do crime organizado e da instabilidade econômica. O Brasil tem muito a contribuir com esses temas aos líderes de toda a região que estarão presentes na Cúpula, e valorizamos muito a voz do Brasil enquanto discutimos soluções que ajudarão a construir vidas melhores para as pessoas do nosso hemisfério”, disse Christopher Dood em nota (leia a íntegra mais abaixo).
Em falas recentes, o presidente Bolsonaro disse não saber se comparecerá à cúpula. Apesar de ser uma reunião de líderes de países americanos, alguns não foram selecionados para ir ao encontro, como a Venezuela, Nicarágua e Cuba. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, também declarou que não comparecerá.
Na semana passada, Bolsonaro afirmou que ainda está decidindo sobre a presença no evento. “Estou decidindo se vou na Cúpula das Amércias. Se eu for, reclamam, se eu não for também reclamam. Eu tenho que analisar pra tomar essas decisões. Eu não sou ditador”, disse.
A Cúpula das Américas é um evento que reúne chefes de Estado do continente americano. Ela foi criada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e tem o objetivo de promover laços de cooperação entre os países da zona econômica americana. A cúpula deste ano deve tratar de ameaças à democracia.
Leia a íntegra da nota
“Declaração do assessor especial da Casa Branca para a Cúpula das Américas
Como assessor especial da Casa Branca para a Cúpula das Américas, viajei a países da região para estabelecer uma agenda positiva e compartilhada para o evento. O presidente Biden me pediu para que viesse ao Brasil hoje com um foco singular na Cúpula. Vim para reforçar nosso apreço de longa data pela parceria profunda e importante que os dois países compartilham – construída sobre um fundamento comum da democracia, direitos humanos, prosperidade econômica, Estado de Direito e segurança. Nesta manhã, em meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero.
Como um dos parceiros mais importantes dos EUA na região, o que fazemos em conjunto com o Brasil faz a diferença. A Cúpula das Américas se concentrará em algumas das questões mais importantes e compartilhadas de todo o hemisfério. Como a garantia de que a democracia seja uma realidade para cada país, nossas metas climáticas compartilhadas, uma resposta mais colaborativa à Covid-19 e a abordagem mais profunda do crime organizado e da instabilidade econômica. O Brasil tem muito a contribuir com esses temas aos líderes de toda a região que estarão presentes na Cúpula, e valorizamos muito a voz do Brasil enquanto discutimos soluções que ajudarão a construir vidas melhores para as pessoas do nosso hemisfério.”
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