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Juízes repudiam Bolsonaro por ato pró-intervenção militar

Ajufe e AMB emitiram nota e pediram cumprimento da lei e da independência dos Poderes para conter a pandemia do novo coronavírus

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Boonchai wedmakawand/Getty
Martelinho de juiz
1 de 1 Martelinho de juiz - Foto: Boonchai wedmakawand/Getty

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Brasileira de Magistrados (AMB) repudiaram, em nota, a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em manifestação pró-intervenção militar na tarde desde domingo (19/04). As entidades externaram preocupação com os pedidos de fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) e defenderam a manutenção da democracia.

Para a Ajufe, o momento de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus requer que autoridades públicas evitem “polêmicas desnecessárias que possam gerar sérias crises institucionais”. “Juízes e juízas federais não admitirão qualquer retrocesso institucional ou o rompimento da ordem democrática”, escreveram.

“O respeito à democracia, à independência dos Poderes e à Constituição Federal é o único caminho para o desenvolvimento de uma sociedade livre, justa e solidária”, completa a entidade.

A nota da AMB, assinada pela presidente Renata Gil, segue a mesma direção: “Neste momento de crise, o caminho correto para a busca das soluções é o cumprimento rigoroso da lei e o trabalho em conjunto das instituições em prol da construção de soluções. Nossa Carta estabelece, como princípio fundamental da República e da democracia brasileira, a independência e a harmonia entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”.

“A AMB está atenta aos acontecimentos e pronta para atuar em defesa da Constituição, da magistratura e do sistema de Justiça”, acrescenta o texto.

As entidades se somam a autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF), congressistas, governadores e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que vieram a público externar críticas a Bolsonaro. Mesmo ex-aliados repudiaram o presidente por ter comparecido aos atos antidemocráticos e o acusaram de “traição”.

Manifestação

Mais uma vez participando de aglomerações ainda que as orientações de autoridades de saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) sejam no sentido contrário, Bolsonaro discursou, neste domingo, sob gritos de “intervenção militar” e “AI-5”, em referência ao mais repressor dos atos institucionais editados durante a ditadura militar.

Em cima de uma caminhonete, Bolsonaro também disse que “nós não queremos negociar nada, queremos ação pelo Brasil”. “Nós temos um novo Brasil. Tem que ser patriota, acreditar e fazer sua parte. Acabou a época da patifaria, agora é o povo no poder”, completou.

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