Empresa doou R$ 7,5 mi porque Saúde não precisava de testes, diz Planalto
A doadora, Mafrig, é um dos maiores frigoríficos de carne bovina do mundo. Doação foi anunciada em março
atualizado
Compartilhar notícia
A Secretaria de Comunicação do governo federal se pronunciou, no fim da noite dessa quinta-feira (1º/10), sobre o repasse de R$ 7,5 milhões doados ao Ministério da Saúde para a compra de testes rápidos da Covid-19 que foram revertidos para o programa Pátria Voluntária, comandado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Segundo a nota, a empresa Mafrig teve a intenção de doar os R$ 7,5 milhões para o Ministério da Saúde comprar testes rápidos para o novo coronavírus em março deste ano. “A legislação em vigor impede que o referido ministério receba recursos privados e, em maio, o órgão declinou da doação porque não precisava mais dos equipamentos”, diz o texto.
A Secom informou ainda que a Mafrig procurou o Pátria Voluntária e optou por repassar a doação ao programa. O dinheiro seria destinado para a compra de alimentos, produtos de proteção e higiene para pessoas em situação de vulnerabilidade.
O programa capitaneado por Michelle Bolsonaro permite doações tanto por pessoas físicas quanto jurídicas e são realizadas via Fundação Banco do Brasil.
“É norma do Pátria Voluntária dar ampla e total transparência, na plataforma patriavoluntaria.org, um painel de dados na aba ‘Resultados’, que publiciza para toda a sociedade o destino dos recursos captados pelo projeto Arrecadação Solidária, com o intuito de dar transparência e credibilidade”, finaliza o documento enviado pela Secretaria de Comunicação.