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Empresa de remédios acusa Delcídio do Amaral de tentativa de extorsão

De acordo com a empresa EMS, o ex-senador Delcídio do Amaral usou seu prestígio como senador e sua proximidade com a presidente afastada, Dima Roussef, para pressionar

atualizado

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1 de 1 delcídio do amaral - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A empresa EMS, maior fabricante de medicamentos do Brasil, citada na delação do ex-senador Delcídio do Amaral, acusou o ex-petista de ter tentado extorquir, ameaçando para que pagasse uma dívida de campanha dele de R$ 1 milhão. A acusação foi feita na apresentação de defesa da empresa, na semana passada.

As informações da Folha de São Paulo dizem ainda que, de acordo com a EMS, Delcídio usou seu prestigio como senador e sua suposta proximidade com a presidente afastada, Dilma Roussef, para fazer pressão.

Delcídio disse para investigadores da Lava Jato que, em 2014, ficou com uma dívida deixada por sua campanha derrotada no governo de Mato Grosso do Sul e que, para quitá-la, procurou o ex-ministro Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma.

Segundo o ex-senador, Edinho teria orientado que ele pedisse às empresas credoras para apresentarem notas fiscais em que figurasse como tomadora de serviço a EMS, que faria o pagamento. As credoras eram duas agências de publicidade: FSB e Black Ninja.

Na delação, Delcídio disse ainda que as duas agências emitiram notas fiscais de R$ 500 mil, cada uma, mas, ao surgirem notícias do envolvimento da EMS com a Lava Jato, as próprias agências ficaram receosas e cancelaram as notas, arcando com o prejuízo.

Em documento assinado por seu advogado criminalista e encaminhado à 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, a EMS rebateu as acusações. Na Vara, tramita uma apuração preliminar contra Edinho baseada na delação de Delcídio. A apuração foi remetida ao STF, após Edinho deixar a Secretaria de Comunicação de Dilma e perder o foro privilegiado.

Já de acordo com a EMS, um assessor de Delcídio, identificado apenas como Diogo, procurou um diretor da farmacêutica no final de 2014 e solicitou à empresa a quitação da dívida. O pedido teria sido negado e o assessor teria tentado intimidar o diretor, falando: “Você sabia que Delcídio é senador e amigo pessoal da presidente da República?”.

Alguns dias depois, o diretor teria recebido as notas por e-mail, mas a empresa sustenta que não realizou o pagamento, o que teria levado ao cancelamento das notas. A EMS afirma que seu nome já havia sido vinculado à Lava Jato em abril de 2014, na primeira fase da operação.

 

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