Emendas: PSL se reúne para definir destino de policiais na Previdência
Apesar da vontade do partido do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), o ministro da Economia, Paulo Guedes, é contrário às mudanças
atualizado
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O presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), o líder do partido na Câmara, delegado Waldir (GO), e o coordenador de bancada na comissão especial da Previdência, Alexandre Frota (SP), se reúnem na manhã desta quarta-feira (26/06/2019) para definir a postura do partido quanto à intenção de integrantes da sigla de inserir novas regras para forças de segurança pública na reforma da Previdência.
Apesar da vontade de deputados de aliviar na aposentadoria da categoria, base eleitoral de grande parte dos parlamentares da legenda, a medida é desaprovada pela equipe econômica do governo. Segundo Frota, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se opõe às alterações.
“Vontade todo mundo tem. Mas as regras do jogo são outras. Não é momento para desidratar o texto”, comenta Frota. Se o partido insistir nas mudanças, líderes partidários da Casa ameaçam adiar a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 6/2019.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também é contra a mudança e acredita que a insistência do PSL pode atrapalhar a aprovação do projeto. “Acho que o partido do governo, em votações como essa, se o governo for olhar a plateia e não olhar o placar, acaba perdendo tudo”, disse.
Atualmente, segundo o parecer de Samuel Moreira (PSDB-SP), a idade mínima para policiais se aposentarem é de 55 anos para homens e mulheres, com 30 anos de contribuição e 20 anos de tempo de atividade policial para elas e para eles.
O governo quer manter a idade mínima, mas alterar o tempo de contribuição: seria 30 anos para homens e 25 anos para as mulheres durante a transição e, depois, 30 anos para todos. O tempo de atividade policial, por sua vez, seria de 25 anos.