Embaixador dos EUA exalta militares após Bolsonaro falar em “pólvora”
“Sempre de prontidão para responder de forma rápida, seja por terra, ar ou mar”, afirmou representante americano, em vídeo compartilhado
atualizado
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O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, compartilhou vídeo em que parabeniza o Corpo de Fuzileiros Navais norte-americano pelo aniversário de 245 anos de existência: “Sempre de prontidão para responder de forma rápida, seja por terra, ar ou mar”.
A mensagem foi publicada na noite dessa terça-feira (10/11), em uma rede social, horas depois de o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), insinuar briga – “Depois que acabar a saliva tem que ter pólvora” – com os Estados Unidos por causa da Amazônia.
“Compartilham uma longa história e um relacionamento importante e duradouro, que nos permite exercer com segurança os interesses dos Estados Unidos e um forte relacionamento bilateral com o Brasil” diz Chapman, ao ressaltar que o destacamento é o maior do mundo.
O Destacamento de Fuzileiros Navais na Embaixada e nos Consulados dos EUA compartilha uma longa história e uma relação importante e duradoura com a diplomacia que nos permite construir com segurança uma relação bilateral mais forte com o Brasil. Happy Birthday, @USMC! pic.twitter.com/zaYxzVP7Uq
— Embaixador Todd Chapman (@USAmbBR) November 10, 2020
Pólvora
Bolsonaro ventilou, nessa terça (10/11), a possibilidade de uma disputa militar com os EUA. O comentário foi feito durante crítica a respeito da intenção de o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, criar um fundo para investir U$ 20 bilhões no combate à destruição da Amazônia.
“Assistimos há pouco a um grande candidato à chefia de um Estado dizendo que se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele vai levantar barreiras comerciais contra o Brasil. Como é que nós vamos fazer frente a tudo isso? Apenas pela democracia não dá. Depois que acabar a saliva tem que ter pólvora”, disse.
“Não precisa nem usar a pólvora, tem que saber que tem. Esse é o mundo, ninguém tem o que nós temos. Nós temos que nos fortalecer. E como nos fortalecer? Liberando a economia, livre mercado. Dando liberdade para quem quer trabalhar, e não enchendo o saco de quem quer produzir”, prosseguiu.