Embaixada da China repudia Weintraub por difamação: “Racista”
De acordo com a representação chinesa no país, ministro da Educação associou o país asiático à origem do novo coronavírus
atualizado
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A Embaixada da China no Brasil acusou, na madrugada desta segunda-feira (06/04), o ministro da Educação brasileiro, Abraham Weintarub, de fazer declarações difamatórias e associar o país asiático à origem da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
No fim de semana, Weintraub tuitou uma imagem do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, na Muralha da China. Ele fez alusão ao fato de o personagem trocar o “r” pelo “l”, insinuando que seria uma forma de falar do povo chinês. O post, no entanto, não está mais disponível.
— Embaixada da China no Brasil (@EmbaixadaChina) April 6, 2020
Em conta oficial no Twitter, a embaixada afirmou que as declarações de Weintraub “são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”.
Para a representação chinesa no Brasil, a Covid-19 traz um desafio que nenhum país consegue enfrentar sozinho e “a maior urgência neste momento é unir todos os países numa proativa cooperação internacional para acabar com a pandemia com a maior brevidade, com vistas a salvaguardar a saúde pública mundial e o bem-estar da humanidade”.
Esta não é a primeira vez que autoridades brasileiras causam polêmica com o governo chinês. No mês passado, o deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Eduardo Bolsonaro, compartilhou um tuíte de um seguidor que acusa o Partido Comunista Chinês pela pandemia do coronavírus.
O filho “zero três” afirmou ocasião que “quem assistiu à minisséria Chernobyl vai entender o que aconteceu. Substitua a usina nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa”.
O embaixador chinês reagiu à acusação e afirmou que Eduardo Bolsonaro tem “vírus mental”.