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Em vez de SP, Bolsonaro diz que Damares pode disputar eleição no Amapá

Na quarta (19/1), presidente disse que convidou ministra dos Direitos Humanos para concorrer ao Senado na chapa de Tarcísio de Freitas

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Ministra da Mulher, Damares Alves, Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro durante solenidade no Palácio Planalto
1 de 1 Ministra da Mulher, Damares Alves, Michelle Bolsonaro e Jair Bolsonaro durante solenidade no Palácio Planalto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou que a ministra Damares Alves pode concorrer nas próximas eleições pelo Amapá. Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo federal disse que a ministra está “mais apaixonada pelo Amapá do que por São Paulo”.

Nessa quarta (19/1), Bolsonaro disse que conversou com Damares para que ela concorra a uma vaga ao Senado por São Paulo.

Ao governo do estado, o atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, deve disputar o cargo. Segundo o presidente, o ministro teria topado disputar o Palácio dos Bandeirantes contra a reeleição do governador tucano João Doria, enquanto Damares “ainda não se decidiu”.

“A Damares está mais apaixonada pelo Amapá do que por São Paulo. […] A Damares é uma pessoa excepcional. Lá [no Amapá] tem muita comunidade indígena ainda. Ela tem um trabalho muito forte lá nessa região. […] A Damares quer morar no Amapá. Nem começou o namoro ainda e já está pensando em casamento. Acho que a Damares quer ir embora daqui”, disse o presidente ao ministro Tarcísio, durante a live.

Harry Potter

Recentemente, Damares tem dito que “ama” o Amapá e que está à procura de casas no estado. Na última semana, nas redes sociais, a ministra disse que já sabe por qual estado irá concorrer ao Senado e ironizou ao dizer que ser “coleguinha” do atual senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a quem chamou de “Harry Potter”, seria um sonho.

“Pronto, agora decidi. Já sei por qual estado sairei candidata a Senadora. Ser coleguinha do Harry Potter seria um sonho, pois assim o povo do Estado dele saberia o que de fato deveria ter feito o senador em tempo de pandemia por um estado tão sofrido e o que precisa fazer neste momento que ainda temos tantas pessoas sofrendo”, disse Damares.

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O primeiro turno da eleição para presidente da República está marcado para 2 de outubro de 2022

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E como fica Bolsonaro em 2022?

O presidente Jair Bolsonaro tem dito que já escolheu um vice “da razão” e outro “do coração”, mas que só divulgará o nome que irá compor a chapa da reeleição quando for oportuno, para, segundo ele, “não queimar a largada”.

Em diversas ocasiões, o presidente disse não querer repetir a chapa presidencial de 2018, com o atual vice, Hamilton Mourão.

Apesar disso, em dezembro, durante recesso de fim de ano, no Guarujá, litoral paulista, Bolsonaro disse que Mourão pode ser o escolhido para compor, novamente, a chapa presidencial durante as eleições.

Na segunda (17/1), o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que está esperando que o presidente o chame para conversar sobre o futuro das eleições.

Manobra

Questionado sobre o assunto ao chegar ao gabinete da Vice-Presidência, no Palácio do Planalto, Mourão disse que ainda não há definições para o assunto, mas que aguarda a conversa com o chefe do Executivo para deliberar sobre o que chamou de “manobra”.

“Estou aguardando [o presidente me chamar para conversar]. Vamos aguardar a conversa com o presidente. Quando ele me chamar para conversar a respeito desse assunto, aí a gente define essa manobra”, declarou o vice.

Ele ainda foi perguntado sobre a possibilidade de o presidente escolher o atual ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para compor a chapa presidencial, e disse que o militar “é um excelente nome”.

“Qualquer pessoa que o presidente escolher, obviamente, estará dentro daquilo que ele considera importante para a campanha que vai ser realizada e será uma boa escolha”, prosseguiu.

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Em três anos de governo, general do Exército e capitão reformado têm tido posições diferentes, o que não agrada o presidente Bolsonaro
Mourão foi a terceira opção para ser companheiro de chapa do ex-capitão. Inicialmente, Bolsonaro pensava em Janaína Paschoal e no “príncipe” Luiz Philippe de Orleans Bragança
A chapa foi eleita em 2018, mas a harmonia acabou rapidamente. A crise entre Bolsonaro e Mourão se arrasta desde o fim de janeiro de 2019, e o presidente já disse que não quer o atual vice em uma eventual disputa pela reeleição
Desde o início do mandato, o presidente diminuiu o número de agendas com o seu vice em 85%. No primeiro ano do governo, foram registradas 35 reuniões entre os dois; em 2021, Bolsonaro e Mourão se encontraram em apenas cinco oportunidades
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Em três anos de governo, general do Exército e capitão reformado têm tido posições diferentes, o que não agrada o presidente Bolsonaro

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Mourão foi a terceira opção para ser companheiro de chapa do ex-capitão. Inicialmente, Bolsonaro pensava em Janaína Paschoal e no “príncipe” Luiz Philippe de Orleans Bragança

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A chapa foi eleita em 2018, mas a harmonia acabou rapidamente. A crise entre Bolsonaro e Mourão se arrasta desde o fim de janeiro de 2019, e o presidente já disse que não quer o atual vice em uma eventual disputa pela reeleição

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Desde o início do mandato, o presidente diminuiu o número de agendas com o seu vice em 85%. No primeiro ano do governo, foram registradas 35 reuniões entre os dois; em 2021, Bolsonaro e Mourão se encontraram em apenas cinco oportunidades

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