Em vez de aumento para ministros do STF, Haddad quer aumento do mínimo
Representante da chapa petista ao Planalto em um evento em Brasília, ex-prefeito paulista reclamou do tratamento do Judiciário ao caso Lula
atualizado
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O candidato a vice na chapa do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, questionou nesta terça-feira (14/8) possíveis pressões que o Judiciário sofre em relação ao processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o ex-prefeito de São Paulo, juízes devem julgar o líder petista com critérios.
“Se há pressão, é preciso saber quem é que pressiona. O Judiciário não pode julgar sob pressão. Quem faz isso? São os adversários do presidente Lula, a mídia?”, reclamou, em evento com presidenciáveis em Brasília, nesta tarde.
Questionado sobre o pedido de aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Haddad lembrou que o salário mínimo foi reajustado abaixo da inflação em 2017. Foi a primeira vez que isso ocorreu nos últimos 15 anos. “Se há dinheiro, que seja usado para garantir um reajuste para a camada mais pobre da população”, defendeu.
Segundo Haddad, o PT é contrário ao reajuste dos salários dos ministros do STF. “Nossa bancada no Congresso está orientada para votar contra o aumento”.
Manuela
O ex-prefeito paulistano afirmou que a deputada gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB) será candidata a vice independentemente da decisão judicial acerca da candidatura de Lula. Segundo Haddad, a escolha por seu nome para vice neste momento deu-se porque o ex-presidente precisa ter um porta-voz petista na campanha presidencial. “Lula precisa de um representante do PT para levar a mensagem dele”, destacou.
As declarações de Haddad foram feitas após ele participar de uma sabatina promovida pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), em Brasília.