Em última agenda na Itália, Bolsonaro presta homenagem a “pracinhas”
Presidente participou de cerimônia militar-religiosa em memória dos pracinhas brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial
atualizado
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Em sua última agenda na Itália, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de cerimônia militar-religiosa em memória dos soldados brasileiros falecidos na Segunda Guerra Mundial, conhecidos como “pracinhas”. A cerimônia ocorreu em Pistoia, onde os corpos de 462 soldados e oficiais brasileiros mortos foram enterrados no final da guerra.
Em 1960, o governo brasileiro decidiu trazer de volta os restos mortais dos soldados, que foram sepultados no Rio de Janeiro, então capital federal, no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, localizado no Aterro do Flamengo.
Em 1967, foi erguido um monumento na cidade italiana onde ficava o cemitério. A manutenção do monumento está a cargo do governo brasileiro e já foi visitado por alguns presidentes brasileiros.
No evento, que contou com a presença do senador da extrema direita italiana Matteo Salvini, Bolsonaro voltou a repetir o bordão de que “mais importante do que a própria vida é a nossa liberdade”. Ele também saudou as relações entre Brasil e Itália.
“Ouvi aqui a palavra gratidão. Ela tem mão dupla. Apesar de o Oceano Atlântico nos separar, nos sentimos mais que vizinhos, nós somos irmãos”, afirmou.
Em discurso, Salvini pediu desculpas “pela polêmica de poucos que dividem os povos”, em referência a protestos de que Bolsonaro foi alvo na região. O líder do partido de extrema-direita italiano Liga Norte é conhecido por suas posições xenófobas. Ele já se referiu várias vezes a Jair Bolsonaro como “o meu amigo brasileiro”.
Estavam presentes no evento os ministros Walter Souza Braga Netto (Casa Civil), Carlos França (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além do embaixador do Brasil na Itália, Hélio Ramos.
Agenda na Itália
Bolsonaro foi à Itália para participar da Cúpula do G20, grupo formado pelas 20 maiores economias mundiais. O evento ocorreu no sábado (30/10) e domingo (31/10), em Roma.
Entre segunda e terça-feira, ele cumpriu agenda pessoal na região de onde sua família é originária. No município de Anguillara Vêneta, o presidente se encontrou com a prefeita Alessandra Buoso, que é de um partido de extrema direita. Das mãos dela, o chefe do Palácio do Planalto recebeu o título de cidadão honorário de Anguillara, aprovado pela câmara municipal.
Na parte da tarde, sob forte esquema de segurança, ele visitou a Basílica de Santo Antônio de Pádua, na cidade de Pádua, no norte da Itália.
O passeio ocorreu horas após manifestantes contrários a Bolsonaro, a maioria brasileiros, protestarem contra o presidente da República em uma praça a cerca de 300 metros da basílica.
Como o Metrópoles noticiou mais cedo, os manifestantes foram dispersados pela polícia italiana por meio de jatos d’água, mesmo com a temperatura de Pádua girando em torno de 12° C.
O mandatário embarca de volta ao Brasil nesta terça-feira e deve chegar a Brasília na madrugada de quarta-feira (3/11).