1 de 1 Candidato a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa durante a Convenção Nacional do PSB em Brasília
- Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta terça-feira (9/8), de um encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na ocasião, ele afirmou que o seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), gostaria “de ter uma carta feita por milicianos”. A fala ocorreu após as críticas do chefe do Executivo sobre o manifesto a favor da democracia.
“Quem sabe a carta que ele gostaria de ter era uma carta feita por milicianos no Rio de Janeiro. Não uma carta feita por empresários, intelectuais, sindicalistas, que defende um sistema que até agora está provado que é um dos sistemas mais perfeitos do mundo”, disse o petista.
Na segunda-feira (8/8), Bolsonaro esteve em evento com banqueiros da Febraban e declarou que “democrata não precisa assinar cartinha”, ao se referir a documento criado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), em defesa da democracia e do sistema eleitoral eletrônico.
“Como é que a gente pode viver num país em que o presidente conta sete mentiras todo dia? E com a maior desfaçatez. Que chama uma carta, que defende a democracia, de cartinha?”, questionou Lula na Fiesp.
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Ex-presidente participou de debate na Fiesp
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Candidato a vice, Geraldo Alckmin também esteve presente
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A empresários, Lula falou sobre suas propostas para a recuperação da economia e para a indústria
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Na ocasião, Lula criticou Bolsonaro e chamou Dallagnol de "fedelho"
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Ciro, Simone Tebet e Felipe D'Ávila também já participaram do evento
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O petista ainda criticou as alegações feitas por Bolsonaro e aliados, sem provas, a respeito do sistema eleitoral.
“Eu mesmo sou grato porque fui eleito duas vezes pelo voto eletrônico. Se pudesse roubar, eu não estaria lá. Eu acho que na eleição de 2014, se pudesse roubar pelo voto eletrônico, certamente a Dilma não tinha ganhado. Esse cidadão que é eleito desde 98 pela urna eletrônica, qual o direito ele tem de colocar em suspeição? “, falou.
Ainda em relação às urnas, Lula condenou a atuação das Forças Armadas no processo de fiscalização do sistema. “Que negócio é esse das Forças Armadas agora se meterem em fiscalizar a urna. Militar tem que fiscalizar a nossa fronteira. Tem que estar tomando conta de outras coisas”, declarou.
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto
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Encontros na Fiesp
Lula participou de uma série de encontros promovidos pela Fiesp com presidenciáveis. O petista contou com a presença de seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do coordenador do plano de governo da chapa à Presidência, Aloizio Mercadante (PT).
Simone Tebet (MDB) Felipe D’Ávila (Novo) e Ciro Gomes (PDT) participaram, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou sua ida, programada para a quinta-feira (11/8).
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