Em SP, Bolsonaro critica educação no Nordeste: “Forma militantes”
Presidente participou do lançamento da pedra fundamental do futuro Colégio Militar da capital paulista
atualizado
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No lançamento da pedra fundamental do futuro Colégio Militar de São Paulo, nesta segunda-feira (03/02/2020), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), atribuiu a gestões anteriores o fracasso do Brasil na prova do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e criticou governadores que não aceitaram a implantação do modelo de escola cívico-militar.
Sob chuva, ao lado dos filhos Flávio (sem partido) e Eduardo (PSL-SP), e acompanhado da futura secretária nacional da Cultura, Regina Duarte, Bolsonaro enfatizou que deseja, como único critério de ingresso ao colégio, a meritocracia. “Vai ser uma escola para todos: para os filhos dos membros das Forças Armadas, da Polícia Militar, dos Bombeiros, da Polícia Civil, da sociedade civil. Não vamos distinguir ninguém por cor ou crença. Todos nós somos iguais, não interessa a cor de nossa pele, a nossa religião. Seja lá o que for, a questão social também”, reforçou.
“O Brasil chegou numa situação na educação que não pode ser ultrapassado por mais ninguém. Já estamos no último lugar, e essa prova do Pisa foi realizada em 2018. Com certeza melhoraremos muitas posições na prova de 2021. Se deixarmos apenas alunos das escolas militares e das escolas militarizadas, o Brasil estaria entre os dez do mundo”, garantiu Bolsonaro.
Apesar de ter sido citado como último colocado, o Brasil está à frente de vários países sulamericanos no ranking e longe de ser o último lugar geral. Na América Latina, o país está melhor do que Colômbia, Argentina, República Dominicana, Panamá e Peru. As Filipinas são o país com o pior desempenho no Pisa.
Segundo o presidente, oito dos nove governadores do Nordeste agiram com interesse político-partidários ao recusar a implantação do modelo cívico-militar sugerido pelo Ministério da Educação (MEC). Dois estados do Sudeste – Rio de Janeiro e São Paulo – também rejeitaram a proposta.
“Governadores no Nordeste não aceitaram a escola cívico- militar. Para eles, a escola vai indo muito bem, formando militantes e desinformando, lamentavelmente”, criticou.