Em seu discurso, Temer dirá que Nordeste é prioridade para o governo
Em sua visita à região, o presidente falará de números comparativos a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff
atualizado
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Em sua estreia pelo Nordeste nesta sexta-feira (9/12), quando participará de eventos da Transposição do Rio São Francisco, combate a seca e assinatura de decreto de renegociação de dívidas rurais, o presidente Michel Temer fará discursos reforçando o compromisso do governo com os programas sociais e destacará que a região – ainda considerada um dos redutos petistas – é prioridade para seu governo. Ele também focará em “combater mentiras” de seus adversários.
Na mensagem prevista para o presidente na capital cearense, por exemplo, Temer falará em “harmonia” e deve destacar que o governo não tem medo de reconhecer o que pessoas de outros partidos fazem de bom e que é preciso “desarmar espíritos, é preciso pensar no povo”. “É preciso, sobretudo, manter o que deu certo e corrigir o que estava errado. É passado o tempo das soluções mágicas”.
Dilma
Na fala programada para o presidente estão números comparativos a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. Na cerimônia de assinatura de atos na Barragem de Jucazinho, Temer destacará que em cinco meses o seu governo repassou mais de R$ 200 milhões para obras hídricas, que seria um valor superior aos R$ 155 milhões transferidos nos cinco primeiros meses de 2016.
“Sei que dizem por aí que vamos acabar com os Carros-Pipa. É mentira. É exatamente o contrário. Estamos trabalhando é para que nosso Nordeste seja abastecido regularmente”, prevê a fala do presidente. Temer destacará ainda o lançamento do Programa “Novo Chico” e rebaterá a “mentira” de que seu governo está tirando dinheiro do São Francisco.
Assim como tem feito em todas as suas falas, Temer vai destacar a necessidade do ajuste das contas públicas, da aprovação da PEC do Teto dos gastos e também fará uma defesa da necessidade da reforma da previdência. Nesta defesa, Temer deve destacar que com essas medidas está pavimentando um novo ciclo de desenvolvimento e que o lugar do Nordeste está garantido. “Precisamos acreditar em nós mesmos. Precisamos confiar em nossa capacidade de vencer. E ninguém mais do que o nordestino demonstra a capacidade do brasileiro de se superar”.
Banco do Nordeste
No evento de Fortaleza, quando o presidente assinará o decreto de regulamentação da Lei 13.340, referente a liquidação e renegociação de dividas de crédito rural do Banco do Nordeste, a sua fala destacará que o “alívio” que o governo está dando aos produtores tem como objetivo gerar emprego e renda no semiárido nordestino.
Nas falas de Temer há a previsão ainda de citações e agradecimentos ao governador Camilo Santana, que é de oposição. O presidente dirá que o governo federal e o estadual estão celebrando compromisso para ações emergenciais contra a seca e ainda reforçará que “o combate a seca não é preocupação apenas de um Ministério ou de uma agência do governo – é preocupação do Presidente da República”.
Na fala na capital cearense, o presidente também vai destacar números para combater o que classifica de mentiras. “Na média mensal, desde maio, tivemos aumento de 75% nos repasses para a adutora do agreste em Pernambuco. Tivemos aumento de 64% para o cinturão das águas do Ceará. Tivemos aumento de 41% para o Canal do Sertão Alagoano. Os números não mentem – mente quem diz que não damos atenção à seca que pune tantos brasileiros”.
Prioridade
Temer dirá que para “qualquer presidente” dar prioridade ao Nordeste não é opção, e sim uma obrigação. “Aqui, ainda hoje, acumulam-se várias das carências sociais que temos que enfrentar Onde estão as necessidades, devem estar as ações do governo”.
Sem citar nomes dos antecessores, Temer dirá que a região evoluiu muito por conta dos programas sociais e que eles “pertencem ao Brasil, não a indivíduos ou partidos específicos” e reforçará que os manteve, mesmo sem mudar de nome, e está ampliando. “Quantos, aqui no Nordeste, não terão ouvido o boato de que acabaríamos com o Bolsa Família? Pois a verdade é que o Bolsa Família estava sem aumento há dois anos e meio – e nós o aumentamos em 12,5%. Os números não mentem – mente quem diz que não queremos o Bolsa Família”.