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Em semana de Copom, Lula chama de “absurda” taxa de juros a 13,75%

Presidente Lula disse que vai continuar batendo para que a taxa básica de juros, a Selic, caia do atual patamar, em 13,75% ao ano

atualizado

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva discursa com brasão da Republica ao fundo - Metrópoles
1 de 1 Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva discursa com brasão da Republica ao fundo - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza reunião para decidir sobre a taxa básica de juros, a Selic, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que acha “absurdo” o atual patamar da taxa, em 13,75% ao ano.

A reunião do Copom começa nesta terça-feira (21/3) e termina na quarta-feira (22/3), quando será divulgado o nível da Selic pelos próximos 40 dias.

“A primeira coisa que eu acho absurda, de verdade, é a taxa de juros estar a 13,75%, em um momento em que a gente tem os juros mais altos do mundo, em um momento em que não existe uma crise de demanda, não existe excesso de demanda. Ou seja, nós ainda temos 33 milhões de pessoas passando fome, nós temos desemprego crescendo, a massa salarial caindo… Então, não há nenhuma razão, nenhuma explicação, nenhuma lógica”, disse Lula em entrevista ao vivo à TV 247, na manhã desta terça, no Palácio do Planalto.

Em seguida, o petista disse: “Só quem concorda com os juros altos é o sistema financeiro, que sobrevive disso e ganha muito dinheiro com as especulações”. E adicionou que o atual nível da Selic “não está correto”.

Lula ainda criticou o presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, e a lei de autonomia do BC, aprovada no último governo.

“Eu, sinceramente, acho que o presidente do Banco Central não tem compromisso com a lei que foi aprovada de autonomia do Banco Central. A lei diz que é preciso cuidar da responsabilidade da política monetária, mas é preciso cuidar da inflação também, é preciso cuidar do crescimento de emprego, coisa que ele não se importa”, assinalou o presidente.

“Vou continuar batendo, eu vou continuar tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juros para a economia voltar a ter investimento”, frisou. “Obviamente, o presidente da República não pode ficar brigando, xingando toda hora, porque eu tenho outras coisas para fazer, mas o que nós temos que ter certeza é que irresponsabilidade do Banco Central manter a taxa de juros a 13,75%”, finalizou.

Campos Neto entrou na mira do presidente e de importantes lideranças do PT, como a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann. Os petistas criticam o presidente do BC pela elevada taxa básica de juros da economia, que, segundo eles, esfriam a economia do país.

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