Em reunião, Bolsonaro indica que vai demitir Bebianno na segunda (18)
A decisão teria sido tomada após discussões a portas fechadas. Ao longo do dia, a situação do ministro teria se tornado insustentável
atualizado
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O secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno (PSL), deve ser exonerado do cargo na próxima segunda-feira (18/2). Em reunião com o presidente, Jair Bolsonaro (PSL), no início da noite desta sexta (15), ele teria sido informado que o martelo estava batido e que deveria sair do governo. As informações são do SBT e do jornal Folha de S.Paulo.
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), teve uma reunião a portas fechadas com Bebianno. Ao final, o titular da secretaria da Presidência declarou ainda fazer parte do governo. Na sequência, Bolsonaro saiu às pressas do Palácio da Alvorada, cancelou compromissos e seguiu rumo ao Palácio do Planalto. No resto do dia, a agenda do chefe do Executivo funcionou às escuras, sendo informada apenas posteriormente.
Já o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), pegou um voo de emergência de Mato Grosso para Brasília e, junto a integrantes do alto escalão, foi ao encontro de última hora com Bolsonaro. Somente ao fim do dia foi confirmada a presença de Bebianno na reunião. Pessoas próximas aos ministros demonstraram surpresa com as constantes mudanças ditadas pelo Executivo.
Na conversa, também estavam presentes os ministros: da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; do Turismo, Marcelo Álvaro; da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas; da Cidadania, Osmar Terra; da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues; e do Meio Ambiente, Ricardo Salles – além dos chefes da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
Acusado de montar esquema de candidaturas laranjas nas eleições presidenciais, quando ainda era dirigente interino do PSL e, consequentemente, ordenador de despesas, a situação de Bebianno se agravou nos últimos dias.